Em simultâneo com as "diretas" para o cargo de secretário-geral, os militantes socialistas vão também eleger 1.851 delegados ao Congresso Nacional do PS, que se realiza entre 25 e 27 deste mês na Batalha, no distrito de Leiria.
De acordo com dados fornecidos pela Comissão Organizadora do Congresso (COC) do PS à agência Lusa, têm capacidade eleitoral 51.191 militantes (o número dos que têm quotas pagas), mais dois mil do que os registados antes do Congresso de 2016.
Nas últimas diretas para o cargo de secretário-geral do PS, em maio de 2016, António Costa foi eleito com 95,3% dos votos, contra 2,8% de Daniel Adrião, tendo sido também eleitos na altura 1.763 delegados ao Congresso que decorreu na Feira Internacional de Lisboa.
Em novembro de 2014, na primeira vez em que foi eleito líder dos socialistas, o atual primeiro-ministro não teve oposição na corrida a este lugar.
Pouco antes, em setembro desse mesmo ano, António Costa tinha derrotado com cerca de dois terços dos votos o então secretário-geral deste partido, António José Seguro, em eleições primárias (estas abertas a simpatizantes) inéditas no panorama partidário português.
Além dos 1.851 delegados que serão eleitos pelas bases do PS, o Congresso da Batalha terá ainda 123 delegados inerentes, com direito a voto, por fazerem parte dos órgãos nacionais (Comissão Nacional, Comissão Política e Secretariado Nacional).
Os candidatos a delegados ao Congresso da Batalha concorrem integrados em listas associadas a moções de orientação política, que são duas: Uma que tem como primeiro subscritor António Costa e que se intitula "Geração 20/30", e a outra, de Daniel Adrião, com o lema "Reinventar Portugal".
Em maio de 2018, a maior federação dos socialistas continua a ser a do Porto, que vai eleger 325 delegados ao congresso, seguindo-se a FAUL (Federação da Área Urbana de Lisboa) com 225, Coimbra com 215, Setúbal com 112, Braga com 108 e os Açores com 100.
No entanto, fonte oficial da COC indicou à agência Lusa que a Federação do PS de Braga é a terceira maior do país em número absoluto de militantes (depois do Porto e FAUL), só que, ao contrário de Coimbra e de Setúbal, tem maior concentração de secções, o que a impede de eleger um maior número de delegados ao congresso.
Na sexta-feira, votam nas diretas e nas eleições de delegados os militantes das federações de Aveiro, Beja, Bragança, Castelo Branco, Évora, Oeste, Guarda, Leiria, FAUL, Portalegre, Setúbal, Viana do Castelo e Viseu.
No sábado será a vez de votarem os militantes socialistas do Algarve, Coimbra, Porto, Santarém, Vila Real, secções da Europa e de fora da Europa.
Açores, Madeira e Braga, segundo a COC, têm secções que votam na sexta-feira e outras no sábado.
Em declarações à agência Lusa, o presidente da COC, Manuel Lage, referiu que os resultados das eleições não serão divulgados publicamente antes das 22:00 de sábado, altura em que encerram as últimas mesas de voto.
Manuel Lage disse, no entanto, acreditar que a divulgação de resultados provisórios, na noite de sábado, será mais rápida do que tem sido habitual nas últimas eleições internas dos socialistas.
"Estará disponível uma plataforma informática para que as secções, logo após o fim da contagem de votos, transmitam imediatamente os resultados apurados. Este sistema vai ser usado pela primeira vez, complementando a tradicional comunicação de resultados por telefone", salientou o presidente da COC.
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