No Congresso do PSD de 2018, a lista que liderou elegeu 13 conselheiros nacionais, logo a seguir à de unidade construída pelo líder, Rui Rio, com o então adversário derrotado Pedro Santana Lopes, que conseguiu 34 dos 70 eleitos do órgão máximo do partido entre congressos.
Em declarações à Lusa, Carlos Eduardo Reis explicou que o objetivo da lista será “influenciar positivamente” a vida do partido e assegurou que continua “solidário” com o presidente do partido.
“Nós queremos continuar a ser o referencial de estabilidade dentro do Conselho Nacional e continuar a ter capacidade de intervenção e ajudar o dr. Rui Rio a ser primeiro-ministro”, afirmou.
O deputado explicou que, se nada houver de extraordinário, os membros da lista continuarão a apoiar o presidente do PSD com os seus votos no Conselho Nacional, considerando que “não faria sentido” de outro modo depois de o seu nome ter sido uma indicação nacional para a lista de deputados por Braga nas legislativas de outubro.
O conselheiro nacional disse ter feito “uma ponderação” entre voltar a encabeçar uma lista própria - será o terceiro congresso consecutivo em que o fará - ou integrar a lista oficial da direção.
“Será por essa vontade de continuar a influenciar positivamente a vida do partido que vamos de novo a votos, mas nessa lógica de ajudar”, explicou, assegurando que terá na sua lista pessoas que apoiaram os três candidatos nas últimas diretas, mas preferiu ainda não divulgar outros nomes.
A lista de Carlos Eduardo Reis foi decisiva na votação do Conselho Nacional de janeiro de 2018, em que Rui Rio pôs à votação uma moção de confiança - aprovada com 60% dos votos - depois de ter sido desafiado por Luís Montenegro a convocar diretas antecipadas.
Nessa altura, o apoio a Rio foi justificado por Carlos Eduardo Reis por entender que não fazia sentido antecipar as eleições internas no partido, que acabaram por se realizar em janeiro deste ano.
No entanto, o deputado frisou que o seu apoio ao atual líder em Conselho Nacional até começou antes, quando foram aprovados regulamentos internos ou ratificado um novo secretário-geral, José Silvano, após a demissão de Feliciano Barreiras Duarte.
O Conselho Nacional é o órgão máximo do partido entre Congressos e representa, habitualmente, as várias sensibilidades do PSD.
No último Congresso, por exemplo, concorreram oito listas ao chamado parlamento do partido, cenário que deverá repetir-se este fim de semana.
Rui Rio foi reeleito líder do PSD em 18 de janeiro com 53,2% dos votos, contra 46,8% de Luís Montenegro, numa inédita segunda volta em disputas internas no partido.
Na primeira volta, Rio falhou por pouco a necessária maioria absoluta dos votos expressos com 49% dos votos e teve de ir novamente a votos uma semana depois, ficando pelo caminho o terceiro candidato, o presidente da Câmara Municipal de Cascais, Miguel Pinto Luz, que conseguiu 9,5% dos votos.
O 38.º Congresso do PSD, de consagração do novo presidente e de eleição dos restantes órgãos do partido, realiza-se entre sexta-feira e domingo, em Viana do Castelo.
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