“Os horários de abertura das igrejas devem ser adequados ao ritmo do mundo de hoje, procurando estimular os momentos de oração pessoal e envolver os leigos, confrarias do Santíssimo Sacramento, catequistas e demais agentes pastorais na dinamização dos momentos de adoração eucarística comunitária”, refere o documento da CEP, que integra as conclusões do congresso.
Do encontro de três dias resultou ainda a ideia de que é preciso “procurar o equilíbrio entre a tradição e a necessidade de introduzir novas linguagens na liturgia”, criando medidas de integração dos jovens “nesse processo de renovação e adequando a espiritualidade cristã aos ambientes digitais e ao mundo secularizado”.
Referindo que a “eucaristia convoca todos, está aberta a todos e não afasta ninguém”, a CEP defende que a eucaristia tem de ser expressa além das portas da igreja, “através das respostas reais às necessidades concretas das pessoas”.
Entre sexta-feira e hoje realizou-se, em Braga, o 5.º Congresso Eucarístico Nacional (CEN) por ocasião dos 100 anos da sua primeira edição.
Com o tema “Partilhar o Pão, alimentar a Esperança. ‘Reconheceram-nO ao partir o Pão’”, o encontro reuniu cerca de 1.400 participantes, quatro cardeais e 30 bispos, estando representadas todas as dioceses portuguesas, refere o documento de conclusão do congresso.
Na homilia de encerramento do V Congresso Eucarístico Nacional, onde esteve na qualidade de enviado especial do Papa Francisco, D. José Tolentino de Mendonça destacou hoje de manhã que a igreja em Portugal é “chamada a ser uma Igreja Eucarística”, ou seja, que “não se coloca a si mesma como prioridade” e “que valoriza a participação de todos os batizados, que reconhece o papel do ministério ordenado, que cuida dos seus pastores e os acarinha” e que “lê com profecia o lugar da mulher na Igreja”.
“A Igreja Eucarística é uma igreja de ‘portas abertas’, que se apresenta mais como experiência de serviço amoroso à vida, em vez da rigidez dos juízos que excluem”, salientou o prefeito do Dicastério para a Cultura e a Educação da Santa Sé, no discurso a que a agência Lusa teve acesso.
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