"Tivemos uma ampla e muito produtiva discussão com o Presidente eleito do Brasil, Bolsonaro, e sua equipa de Segurança Nacional. Eu estendi um convite do Presidente Trump para @JairBolsonaro visitar os EUA. Estamos ansiosos para [firmar] uma parceria dinâmica com o Brasil", escreveu Bolton, na rede social Twitter.

Bolsonaro usou o Twitter pra comentar que a reunião foi "muito produtiva", mas não referiu o que foi discutido no encontro.

"Uma muito producente e grata reunião com o Conselheiro de Segurança Nacional dos EUA, John Bolton. Estive acompanhado de nosso futuro Ministro da Defesa (General Fernando), Relações Exteriores (Ernesto Araújo) e com o Chefe do Gabinete de Segurança Institucional (General Heleno)", afirmou Bolsonaro, na sua mensagem.

Bolton chegou à residência particular de Bolsonaro, no Rio de Janeiro, às 06:45 locais (8:45 em Lisboa), para uma reunião de pouco mais de uma hora em que as duas delegações se sentaram à mesa para o café da manhã, tiveram mais uma reunião reservada.

Bolton fez uma breve paragem no Rio de Janeiro na sua viagem a Buenos Aires, onde participará, na sexta-feira, reunião da Cúpula do G-20, como membro da delegação do Presidente norte-americano, Donald Trump.

Embora nenhum dos participantes tenham revelado o assunto da conversa, Bolsonaro e Bolton avançaram nas redes sociais que abordariam a situação na Venezuela e em Cuba, a segurança regional e a influência económica e política da China na América Latina.

O Conselheiro de Segurança gerou controvérsia por sua forte posição crítica perante os governos da Venezuela, Cuba e Nicarágua, e por sua defesa de uma política de aproximação dos Estados Unidos à Colômbia e ao Brasil para aumentar a segurança da América Latina.

Desde que foi eleito Presidente do Brasil, para o mandato de quatro anos que começa em 01 de janeiro de 2019, Bolsonaro não escondeu seu interesse em aproximar o Brasil dos Estados Unidos.

Trump, por outro lado, foi o primeiro chefe de Estado a parabenizá-lo pela vitória eleitoral, numa conversa em que disse esperar uma aproximação maior entre os dois países, especialmente em questões comerciais e cooperação militar.

Na última terça-feira, Bolton descreveu a eleição de Bolsonaro como uma "oportunidade histórica" para os dois países e afirmou que os dois líderes já começaram a desenvolver "uma relação pessoal".

"Vemos isso como uma oportunidade histórica para o Brasil e os Estados Unidos trabalharem juntos em várias áreas, como economia, segurança e outras", disse o conselheiro Segurança Nacional dos Estados Unidos.