O anúncio foi feito esta tarde pelo porta-voz do Conselho Europeu Baren Leyts, numa publicação na rede social Twitter.
O presidente do Conselho Europeu, Charles Michel, “vai colocar [segunda-feira] a questão da aterragem forçada do voo da Ryanair em Minsk” e “as consequências e possíveis sanções serão discutidas nesta ocasião”, pode ler-se na publicação.
Charles Michel colocará assim na agenda do Conselho Europeu o caso do avião que seguia hoje de Atenas (Grécia) para Vílnius (Lituânia) e que foi desviado para Minsk (Bielorrússia), onde o jornalista Roman Protasevich, que seguia a bordo, acabou por ser detido.
A UE já se preparava para reforçar as sanções existentes contra o regime da Bielorrússia.
Vários países europeus já exigiram uma explicação à Bielorrússia.
Também o secretário-geral da NATO, Jens Stoltenberg, considerou que o desvio do avião é “um incidente sério e perigoso que requer investigação internacional”.
O avião da Ryanair fazia um voo entre a Grécia e a Lituânia, dois países membros da NATO.
Segundo uma publicação também no Twitter, cerca das 18:15, da comissária europeia para os transportes, Adina Valean, o avião descolou nessa altura de Minsk para a Lituânia.
A comissária não mencionou o destino do jornalista Roman Protassevich, embora, numa mensagem posterior, tenha alertado que só seria possível averiguar “todos os factos e passageiros a bordo” quando o avião aterrasse na Lituânia, o que estava previsto acontecer às 21:19 locais (19:19 em Lisboa).
Roman Protasevich, cujo canal Nexta na rede social Telegram se tornou na principal fonte de informação nas primeiras semanas de protestos antigovernamentais após as eleições presidenciais de agosto de 2020, viajava de Atenas para Vílnius e acabou detido pelas autoridades bielorrussas, quando os cerca de 120 passageiros do avião da Ryanair foram forçados a submeter-se a novo controlo em Minsk devido a um suposto aviso de bomba.
A presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, considerou “totalmente inaceitável” a aterragem forçada em Minsk do avião da Ryanair, que seguia de Atenas para Vílnius e sublinhou que “qualquer violação das regras de transporte aéreo internacional deve ter consequências”.
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