O projeto causou polémica. Os críticos denunciam a intenção de isolar os habitantes de Hong Kong mais pobres em guetos, além de uma violação da autonomia do território devolvido à China em 1997.

Segundo o jornal 'South China Morning Post', a MTR Corporation citou diálogos com sua equivalente chinesa para estudar que áreas do sul da China continental poderiam abrigar essas zonas residenciais.

Estes dormitórios ficariam no distrito de Nansha e na cidade de Foshan, na província chinesa de Guangdong, vizinha de Hong Kong, ligada à ex-colónia por linhas ferroviárias, onde o preço dos imóveis é muito mais acessível.

O metro quadrado em Hong Kong é um dos mais caros do mundo, e muitos moradores vivem em espaços minúsculos. O custo de vida é muito elevado, e as pequenas empresas mal conseguem sobreviver devido às exorbitantes, conta a agência France-Presse esta quarta-feira.

A MTR construiria casas "com um ambiente honconguês", explicou o 'Post', onde poderiam morar jovens e aposentados, que contariam com serviços de saúde e de comércio e estariam perto das estações de comboio de alta velocidade.

"É uma nova tentativa de 'integrar e continentalizar' Hong Kong", declarou Claudia Mo, deputada democrata.