Em declarações à agência Lusa, a sindicalista Anabela Carvalheira, da FECTRANS, avançou que existem “alguns problemas que já foram solucionados” pelo conselho de administração do Metropolitano de Lisboa, mas que há muitos que ainda “não estão ultrapassados”.
Anabela Carvalheira reagia desta forma à notícia avançada hoje pelo jornal Negócios que dá conta que o Metropolitano está a estudar o aumento da velocidade de circulação para garantir um serviço mais regular e evitar atrasos, tendo a empresa pedido ao Tesouro exceção de cumprimento de princípios financeiros.
Segundo Anabela Carvalheira, o facto de as composições do metro andarem atualmente a 45 quilómetros/hora, e não a 60 como há mais de cinco anos, tem a ver com uma “decisão economicista” tomada pelo conselho de administração.
“Primeiro, economicista para poupar energia e, segundo, porque tinham detetado uma série de falhas em relação a uns motores que poderiam cair. No entanto, essa fase está ultrapassada, no entanto, ainda não está ultrapassado o arranjo do material circulante parado”, adiantou.
Para a sindicalista, o primeiro investimento deveria ser “a contratação de trabalhadores para a manutenção” e a oportunidade de se poder “adquirir material para reparar as composições que estão paradas”.
“Em vez de ser prioridade do Governo fazer anúncios de linhas circulares ou de investimentos megalómanos, a primeira preocupação que devia ter era a contratação de trabalhadores para garantir a manutenção do material circulante" existente, acusou a sindicalista, lembrando as mais de 130 composições paradas nos estaleiros.
O Jornal de Negócios adiantou hoje que o metro de Lisboa tem em estudo a alteração da velocidade máxima de circulação de forma a permitir “aumentar a regularidade por via da redução do risco de atrasos na operação, segundo explica a empresa no plano de atividades e orçamento para 2018.
De acordo com o jornal, a diminuição da velocidade em todas as linhas do metro da capital foi decidida em 2012, justificada com “a redução de custos", sendo que agora a empresa quer assegurar “uma maior regularidade do serviço”, prevendo mesmo para o próximo ano um aumento da oferta.
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