"Aquilo com que contamos nos próximos anos é um reforço considerável, uma multiplicação das verbas ao dispor da cooperação liderada por Portugal", disse o governante à margem da apresentação das consultas de telemedicina em São Tomé e Príncipe, realizadas à distância a partir de Portugal, que hoje se iniciaram na especialidade de otorrinolaringologia.
As verbas, esclareceu, provêm diretamente do Orçamento do Estado português e também dos "recursos financeiros que estão hoje disponíveis para a cooperação delegada", em projetos que envolvem vários países e que são coordenados por Portugal, e que ocorrem no âmbito da União Europeia e organizações internacionais.
O ministro mostrou-se confiante que, nos próximos anos, haverá um crescimento contínuo dos recursos financeiros disponíveis para cooperação liderada por Portugal, recordando que os projetos são "de natureza competitiva".
"Confiamos na qualidade dos projetos que apresentámos e que vamos apresentar", disse.
As áreas prioritárias da cooperação portuguesa são a educação e formação profissional, a saúde e proteção social e a capacitação institucional.
"O nosso princípio é simples: se nós avançarmos na formação, na dimensão social e na qualidade institucional, estamos a apoiar os países no desenvolvimento dos seus próprios pilares mais importantes para o progresso e estamos também a ajudar esses países a apropriar-se melhor dos projetos de desenvolvimento", referiu Santos Silva.
O ministro ressalvou que Portugal não está a "descurar outras áreas de colaboração", como a economia e a energia.
"Mas, apostando nestas áreas, aproximamos mais a cooperação de outra dimensão muito importante do relacionamento das nações soberanas, que é as relações económicas e sociais", destacou.
Na cooperação, Portugal tem-se empenhado numa lógica de "duplo alargamento", explicou o chefe da diplomacia portuguesa.
Por um lado, o Governo tem em curso projetos de colaboração com outros países, que estão interessados em cooperar com África e América Latina, como os casos de Alemanha, França, Luxemburgo, Uruguai, Chile ou Brasil.
"O segundo grande alargamento é o dos países que são nossos parceiros em projetos de cooperação. Damos prioridade absoluta aos países africanos de língua portuguesa e a Timor-Leste", referiu Santos Silva, adiantando que há outros países, nomeadamente da África subsaariana, com que Portugal procura trabalhar nesta área.
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