Esta sexta-feira, o Porto acolhe um Conselho Europeu informal, com os chefes de Estado e de governo de 24 dos 27 Estados Membros da União Europeia. Em cima da mesa estará a coordenação da pandemia de covid-19, disseram fontes da Presidência Portuguesa da União Europeia (PPUE).
Este jantar de trabalho, no Pavilhão Rosa Mota, acontece depois de os líderes europeus se reunirem na Cimeira Social do Porto, que tem como objetivo chegar a um consenso entre os parceiros sociais, as instituições europeias e os 27. A Cimeira Social arranca na sexta-feira no Porto para definir a agenda social da Europa para a próxima década.
A presidente da Comissão Europeia disse hoje que a União Europeia está "pronta para discutir" a proposta dos Estados Unidos de levantar as proteções de propriedade intelectual das vacinas contra a covid-19 para acelerar a produção e distribuição.
Num discurso por videoconferência no Instituto Universitário Europeu de Florença (Itália), Von der Leyen lembrou que a UE é por enquanto “o principal exportador de vacinas do mundo” e exortou outros países produtores a suspenderem suas restrições para exportarem as suas doses.
A administração do Presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, anunciou na quarta-feira o apoio ao levantamento de patentes de vacinas, especificando que Washington está a participar “ativamente” das negociações para esse efeito na Organização Mundial do Comércio (OMC).
Um levantamento temporário de patentes é particularmente exigido pela Índia e África do Sul para poder acelerar a produção, mas alguns países, incluindo a França, opõem-se veementemente.
Até agora, a UE não se manifestou a favor, argumentando que esta solução demoraria, devido à falta de meios de produção imediatamente mobilizáveis. No entanto, recentemente pareceu abrir a porta.
“Uma transferência de patente veria a produção começar dentro de um ano a 14 meses (…). No próximo ano, quando tivermos sucesso em aumentar a produção das nossas fábricas, esta pergunta pode ser feita”, afirmou Thierry Breton, comissário europeu para o Mercado Interno, na segunda-feira.
“Por enquanto, pedimos a todos os produtores de vacinas que autorizem a exportação e evitem todas as restrições que possam perturbar as cadeias de abastecimento farmacêutico”, insistiu hoje Von der Leyen.
A pandemia do novo coronavírus matou, até hoje, pelo menos 3.244.598 pessoas no mundo, desde o final de dezembro de 2019, segundo um levantamento realizado pela agência de notícias AFP a partir de fontes oficiais. Mais de 155.126.230 casos de infeção foram oficialmente diagnosticados desde o início da pandemia.
*Com Lusa
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