“Foram declarações extremamente infelizes e com falta de verdade”, disse Henrique Luz Rodrigues à agência Lusa, que se escusou a prestar mais esclarecimentos.

Ouvida hoje na comissão parlamentar de Saúde, a propósito de uma eventual deslocalização da autoridade do medicamento português de Lisboa para o Porto, anunciada pelo ministro da Saúde, Maria do Céu Machado deixou críticas a um relatório pedido pelo Governo, que considerou superficial e opinativo.

Hoje, no parlamento, a responsável do Infarmed criticou duramente o documento, disse não entender os benefícios da deslocalização e alertou para perigos para a saúde pública, para custos e para perda de credibilidade do Infarmed e de Portugal.

O presidente da Secção Regional do Norte da Ordem dos Médicos classificou de “egocêntricas e autistas” as declarações da presidente do Infarmed sobre a deslocalização da instituição para o Porto e assegurou que tal não terá “nenhum impacto”.

“Mudar o Infarmed para o Porto é possível, não traz impacto nenhum ao funcionamento”, garantiu António Araújo, depois de a presidente da instituição ter afirmado que uma eventual deslocalização da autoridade do medicamento português de Lisboa para o Porto pode ser uma “ameaça à saúde pública” em Portugal e também no mundo.

“O Infarmed e a presidente portaram-se menos bem relativamente à comissão de avaliação da deslocalização para o Porto. Cederam os dados [para o relatório] após muita pressão. Tentaram obstaculizar o relatório”, replicou António Araújo, considerando “superficiais e opinativas” as críticas de Maria do Céu Machado.