Apesar das “prometedoras declarações” dos países na cimeira do clima, COP26, o mundo ainda não está “nem sequer perto” do objetivo de evitar que as temperaturas subam além de 1,5ºC (graus celsius) no final do século, disse o responsável no plenário de alto nível da COP26.

“Não estamos onde tínhamos de estar, nem sequer perto. Movemo-nos na direção certa, sim, mas o mundo está ainda muito longe do objetivo de 1,5ºC”, disse o responsável pela política climática da União Europeia.

Frans Timmermans pediu decisões que coloquem a humanidade rumo ao objetivo comum e alertou que isso tem de ser rapidamente.

“Financiar a adaptação é crítico”, disse, acrescentando que a COP26 não é lugar para desacordos e mentes estreitas, mas antes um lugar para se trabalhar junto e ter êxito em conjunto.

Mais de 120 líderes políticos e milhares de especialistas, ativistas e decisores públicos reúnem-se até 12 de novembro, em Glasgow, na Escócia, na 26.ª Conferência das Partes da Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre Alterações Climáticas (COP26) para atualizar os contributos dos países para a redução das emissões de gases com efeito de estufa até 2030.

A COP26 decorre seis anos após o Acordo de Paris, que estabeleceu como meta limitar o aumento da temperatura média global do planeta a entre 1,5 e 2 graus celsius acima dos valores da época pré-industrial.

Apesar dos compromissos assumidos, as concentrações de gases com efeito de estufa atingiram níveis recorde em 2020, mesmo com a desaceleração económica provocada pela pandemia de covid-19, segundo a ONU, que estima que, ao atual ritmo de emissões, as temperaturas serão no final do século superiores em 2,7 ºC.