A crítica coincide com a visita a Seul da nova relatora, Elizabeth Salmon, na sua primeira viagem desde que assumiu o cargo no mês passado.

Desde a sua chegada no início desta semana, Salmon, professora peruana de direito internacional, manteve reuniões com autoridades sul-coreanas e membros de grupos civis para discutir a situação na Coreia do Norte.

"Já deixamos clara a nossa posição de princípio de não reconhecer ou lidar com qualquer 'relator especial' que nada mais é do que uma marioneta dos Estados Unidos", disse um porta-voz do Ministério das Relações Exteriores da Coreia do Norte num comunicado em inglês à agência oficial KCNA.

O porta-voz não identificado garantiu que as atividades da relatora eram um disfarce para a campanha de difamação dos EUA e acusou Salmon de ter feito "comentários imprudentes e imperdoáveis que invadem" o seu sistema e os seus direitos soberanos.

"A ONU não deve continuar a permitir que o seu nome e missão sejam usados indevidamente para a política hostil dos Estados Unidos em relação à RPDC", disse o porta-voz na sigla oficial do país.

As Nações Unidas estabeleceram a figura de um relator especial de direitos humanos para a Coreia do Norte em 2004, perante a crescente preocupação internacional sobre alegações de violações de direitos no regime. Desde então, nenhum dos relatores teve acesso ao país.