Durante uma visita a Seul esta semana, o chefe da diplomacia norte-americana afirmou estar preocupado com “a crescente e perigosa cooperação militar da Coreia do Norte com a Rússia” e instou Pequim, o principal aliado de Pyongyang, a usar a sua influência para evitar testes militares.

Pyongyang condenou as declarações de Blinken, descrevendo-as como “irresponsáveis e provocadoras”. Estas observações “apenas intensificam as perigosas tensões políticas e militares na península coreana e na região”, afirmou o Ministério dos Negócios Estrangeiros, de acordo com a agência noticiosa oficial norte-coreana KCNA.

“Os Estados Unidos devem habituar-se à nova realidade das relações entre a República Popular Democrática da Coreia e a Rússia”, afirma-se no comunicado.

A Rússia e a Coreia do Norte, aliados históricos, estão ambas sujeitas a sanções internacionais – a primeira pela invasão da Ucrânia e a segunda pelos seus programas de armas nucleares e mísseis.

A crescente cooperação militar é uma fonte de preocupação para a Ucrânia e os seus aliados, especialmente depois de o líder norte-coreano, Kim Jong-un se ter encontrado com o Presidente russo, Vladimir Putin, em setembro.

De acordo com Seul, a Coreia do Norte forneceu à Rússia mais de um milhão de munições de artilharia para a guerra na Ucrânia, recebendo em troca aconselhamento técnico para os seus satélites.