“O desmantelamento do centro de testes nucleares é uma clara manifestação da aposta pacífica da Coreia do Norte para se juntar às aspirações e esforços internacionais (…) para contribuir positivamente para um mundo livre de armas atómicas”, sublinhou.

A Coreia do Norte detonou na quinta-feira pelo menos três das quatro redes de galerias subterrâneas do centro nuclear de Punggye-ri, na provínvia de Hamgyong do Norte, no noroeste do país, perante cerca de 20 jornalistas de cinco países: Coreia do Sul, China, Estados Unidos, Rússia e Reino Unido.

A Coreia do Norte não convidou qualquer inspetor da Agência Internacional de Energia Atómica para testemunhar este ato.

Pyongyang realizou nesta base os seus seis testes nucleares, em 2006, 2009, 2013, em 2016 (por duas ocasiões) e em 2017.

O desmantelamento da base aconteceu na sequência do acordo firmado entre as duas Coreias a 27 de abril passado, no âmbito da “total desnuclearização da península” e coincidiu com o anúncio do cancelamento da cimeira entre a Coreia do Norte e os Estados Unidos feito pelo Presidente norte-americano, Donald Trump.

Trump cancelou na quinta-feira a cimeira com o líder norte-coreano, Kim Jong-un, prevista para 12 de junho, em Singapura, invocando uma “raiva tremenda e hostilidade aberta” por parte da Coreia do Norte.

Contudo, o regime de Pyongyang indicou continuar aberto ao diálogo com os EUA, depois de o Pesidente norte-americano ter anulado a cimeira entre os dois países, decisão que o regime de Kim considerou “extremamente lamentável”.

“Reiteramos aos EUA a nossa determinação de nos sentarmos cara a cara, a qualquer momento e da maneira que for, para resolver este problema”, declarou Kim Kye-gwan, primeiro vice-ministro dos Negócios Estrangeiros norte-coreano, em comunicado divulgado pela KCNA.