A Agência Nacional de Polícia confirmou que remeteu a ordem de extradição às autoridades dinamarquesas através da Interpol, informam hoje os meios de comunicação social.

Enquanto se aguardam os procedimentos relacionados com a extradição, a justiça dinamarquesa estendeu até 30 de janeiro o prazo de detenção de Chung Yoo-ra, de 20 anos, filha de Choi Soon-sil, a amiga da Presidente sul-coreana, Park Geun-hye, figura central no caso de corrupção e tráfico de influências.

Chung Yoo-ra foi detida em Aalborg na noite de 1 de janeiro sob a acusação de permanência ilegal na Dinamarca, depois de a polícia local ter recebido informação de um jornalista sul-coreano sobre o seu paradeiro.

A mulher disse às autoridades dinamarquesas estar disposta a regressar voluntariamente ao seu país se lhe for permitido permanecer com o seu filho, de pouco mais de 1 ano, segundo a agência noticiosa sul-coreana Yonhap.

A 27 de dezembro, a equipa do Ministério Público que investiga o caso pediu à Interpol (Organização Internacional de Polícia Criminal) para incluir Chung Yoo-ra na sua lista de pessoas procuradas, depois de esta ter desobedecido aos repetidos apelos para que se apresentasse na Coreia do Sul para testemunhar.

A mãe de Chung, Choi Soon-il, é considerada o ‘cérebro’ da trama de corrupção e tráfico de influências que levou o parlamento a destituir a Presidente sul-coreana, Park Geun-hye, uma decisão que, para ser definitiva, terá de ser ratificada, num prazo de seis meses, pelo Tribunal Constitucional.

Os seus poderes presidenciais encontram-se suspensos, com o primeiro-ministro a liderar o Governo.

Choi, de 60 anos e amiga íntima de Park, é acusada de ter interferido em assuntos de Estado apesar de não desempenhar qualquer cargo público e de ter extorquido grandes empresas para obter dinheiro, do qual ter-se-á parcialmente apropriado, entre outras acusações.

A procuradoria acredita que o grupo Samsung, o maior do país, firmou um contrato no valor de aproximadamente 22.000 milhões de won (18,2 milhões de euros) com uma empresa com sede na Alemanha, propriedade de Choi, e que deu apoio financeiro para que Chung, que se dedica ao hipismo, treinasse naquele país europeu e adquirisse cavalos.

Choi, a sua filha e o seu neto encontravam-se na Alemanha quando estalou o escândalo.

Choi regressou à Coreia do Sul a 30 de outubro, estando detida desde então.