“A epidemia [do novo coronavírus] é um demónio e não podemos deixá-lo escondido”, vinca o comunicado, sublinhando que a embaixada chinesa em Lisboa “já estabeleceu mecanismo eficiente de comunicação e intercâmbio com as autoridades de saúde” de Portugal.
A nota assinada pelo porta-voz daquela representação diplomática acrescenta que a “parte chinesa está disposta a trabalhar em conjunto com a sociedade internacional, inclusive Portugal, para salvaguardar” a saúde pública “regional e global”.
O comunicado refere também Pequim tem “esperança e confiança” de que a comunidade internacional consiga “fazer avaliações objetivas e justas sobre a epidemia” de forma “tranquila e racional”.
Em relação aos cidadãos estrangeiros a viver na China, incluindo os portugueses, Pequim assegura que vai continuar a “responder atempadamente às suas preocupações razoáveis”.
Na nota, adianta-se ainda que o Governo chinês vai manter uma “atitude aberta, transparente e responsável”, publicando “atempadamente as informações sobre a epidemia a nível interno e ao exterior”.
A China elevou para 213 mortos e quase 10 mil infetados o balanço do surto de pneumonia provocado por um novo coronavírus (2019-nCoV) detetado no final do ano em Wuhan, capital da província de Hubei (centro).
O anterior balanço registava 170 mortos na China e 7.736 pessoas infetadas.
Além do território continental da China e das regiões chinesas de Macau e Hong Kong, há mais de 50 casos de infeção confirmados em 22 outros países - Tailândia, Japão, Coreia do Sul, Taiwan, Singapura, Vietname, Nepal, Malásia, Estados Unidos, Canadá, França, Alemanha, Itália, Reino Unido, Austrália, Finlândia, Emirados Árabes Unidos, Camboja, Filipinas, índia, Suécia e Rússia.
A Organização Mundial de Saúde (OMS) declarou na quinta-feira uma situação de emergência de saúde pública de âmbito internacional (PHEIC, na sigla inglesa) por causa do surto do novo coronavírus na China.
Uma emergência de saúde pública internacional supõe a adoção de medidas de prevenção e coordenação à escala mundial.
Esta é a sexta vez que a OMS declara uma emergência de saúde pública de âmbito internacional.
Para a declarar, a OMS considerou três critérios: uma situação extraordinária, o risco de rápida expansão para outros países e a exigência de uma resposta internacional coordenada.
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