"A Direção-Geral da Saúde informa que o primeiro caso suspeito de infeção por novo Coronavírus (2019-nCoV) em Portugal foi negativo após realização de análises laboratoriais pelo Instituto Nacional de Saúde Dr. Ricardo Jorge (INSA), com duas amostras biológicas negativas", informa numa nota publicada no seu site.

Um homem regressado da China no sábado estava sob observação no Hospital Curry Cabral, em Lisboa, por suspeita de infeção pelo novo vírus detetado naquele país.

Aquele órgão de saúde acrescenta que se mantém "atenta e a acompanhar a situação, em articulação permanente com instituições/organizações nacionais e internacionais para adoção de medidas a nível nacional e em consonância com as recomendações que forem sendo emitidas pela Organização Mundial da Saúde e pelo European Centre for Disease Prevention and Control (ECDC)", pode ler-se.

Na mesma nota, a DGS voltou a frisar as recomendações que já tinha fornecido anteriormente para os viajantes que se desloquem à China:

  • Seguir as recomendações das autoridades de saúde do país;
  • Evitar contacto próximo com pessoas que apresentem sinais e sintomas de
    infeções respiratórias agudas;
  • Lavar frequentemente as mãos, especialmente após contacto direto com pessoas
    doentes;

2019-nCoV

A entidade dirigida por Graça Freitas afirma ainda que "já foi publicada no 'site' da DGS uma orientação sobre o novo Coronavírus (2019-nCoV), com os procedimentos a adotar pelos profissionais em caso de suspeita ou confirmação de caso de infeção".

O número de mortos na China causado pelo novo coronovírus detetado em Wuhan, cidade de 11 milhões de habitantes e capital da província de Hubei, no centro do país, aumentou para 56, anunciou hoje a Comissão Nacional de Saúde chinesa.

O balanço de infetados na China passou para 1.975 pessoas, das quais 324 estão em estado grave.

Além da China continental, há quase meia centena de infeções confirmadas em Macau, Hong Kong, Taiwan, Tailândia, Japão, Coreia do Sul, Estados Unidos, Singapura, Vietname, Nepal, Malásia, França, Austrália e Canadá.

O Centro Europeu de Controlo de Doenças (ECDC, na sigla em inglês) admitiu que a possibilidade de transmissão secundária no espaço da União Europeia é baixa, “desde que sejam cumpridas as práticas de prevenção e controlo de infeção relacionadas com um eventual caso importado”.

As autoridades chinesas alertaram que o país está no ponto "mais crítico" no que toca à prevenção e controlo do vírus, cancelaram as celebrações do Ano Lunar do Rato e colocaram em quarentena 13 cidades.

Os sintomas associados à infeção causada pelo coronavírus com o nome provisório de 2019-nCoV são mais intensos do que uma gripe e incluem febre, dor, mal-estar geral e dificuldades respiratórias, como falta de ar.

Uma fonte do gabinete da secretária de Estado das Comunidades Portuguesas, Berta Nunes, disse no sábado à Lusa que as autoridades portuguesas estão a cooperar com outros países europeus para reforçar o apoio aos cidadãos nacionais que se encontram em Wuhan e admitiu a possibilidade de serem retirados daquela cidade.

Um dos cenários, adiantou a mesma fonte, é o de retirar os portugueses daquela cidade, “se isso for viável à luz das regras de saúde pública”.

Duas dezenas de portugueses tinham sido referenciados na sexta-feira, pelo Governo, como residentes ou em visita a Wuhan, sendo que “14 pessoas estavam já registadas como residentes em Wuhan junto da embaixada de Portugal em Pequim”.

A embaixada tem remetido “para as recomendações formuladas no Portal das Comunidades Portuguesas”, cujo alerta recomenda aos viajantes que “reconsiderem a realização de deslocações não essenciais à China”.

* Com agências 

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