“Foi recolhido um corpo da água pelo helicóptero da Força Aérea, que tudo leva querer que seja o da jovem que estava desaparecida. Não temos a confirmação total que seja da pessoa em causa, mas pelas características que nos foram dadas, tudo aponta que será”, disse Ferreira Teles

O responsável pelas operações afirmou que, desde o alerta do desaparecimento da jovem, às 04:48 desta madrugada, “todos os meios envolvidos fizeram tudo para tentar recuperar a pessoa com vida, algo que infelizmente não foi possível”.

“Pelo menos conseguimos recuperar o corpo, que, a confirmar-se que será o da militar, permitirá, a família fazer o seu o seu luto”, partilhou Ferreira Teles.

Segundo observou a Lusa no local, o corpo foi avistado na água, às 15:30, por um elemento da Polícia Marítima, que fazia buscas em terra, tendo sido alertado o helicóptero da Força Área, que estava a fazer buscas no local.

O corpo acabou por ser resgatado do mar, meia hora depois, por um dos recuperadores que se encontravam no helicóptero, e transportado para terra, onde foi recolhido pelos elementos dos Bombeiros da Póvoa de Varzim e Polícia Marítima, sendo encaminhado, posteriormente, para o Instituto de Medicina Legal do Porto.

O alerta para o incidente envolvendo oito militares que frequentavam um curso de formação da Escola Prática de Serviços da Póvoa de Varzim foi dado às 04:48.

Segundo o Exército, os oito militares “saíram de um estabelecimento de diversão noturna, onde se deslocaram para convívio social, e decidiram ir até junto da linha de água da praia da Lagoa na Póvoa de Varzim”, tendo sido arrastados por uma onda.

Sete das vítimas conseguiram regressar a terra, mas uma jovem, de 20 anos, ficou desaparecida.

Os sete militares foram encaminhados para o Centro Hospitalar da Póvoa de Varzim, onde, segundo fonte da unidade, deram entrada “com lesões musculares, hipotermia, num quadro traumático violento em termos emocionais, mas nenhum em risco de vida”.

Até ao início da tarde, três das vítimas tinham sido transferidas para o Hospital Militar do Porto para “continuarem a ser vigiadas”, três tinham recebido alta e uma permanecia em observação no Centro Hospitalar da Póvoa de Varzim.

Num ponto se situação feito pelas 13:15, comandante local da Polícia Marítima, Ferreira Teles, considerou que “a tragédia podia ter sido maior, mas sobretudo evitada”.

A Autoridade Marítima Nacional efetuou diversos avisos devido à agitação marítima e apelou aos cidadãos [para] que tenham uma cultura de segurança, para evitar o risco. Estamos no inverno, o mar tem muita energia e qualquer passeio na praia, junto ao mar, pode ser fatal”, alertou o responsável da Capitania da Póvoa de Varzim.

Sobre este incidente, Ferreira Teles informou que “será feito um inquérito e caberá ao Ministério Público mandar o órgão de policial criminal fazer as investigações”.

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