Esta posição foi preconizada por António Costa na sessão de encerramento da sessão de apresentação do Programa Nacional de Investimentos 2030, no Laboratório Nacional de Engenharia Civil (LNEC), em Lisboa.
“Que ninguém tenha ilusões, nenhum país produz bens e serviços de alto valor acrescentado e transacionáveis no mercado global se não for dotado de boas infraestruturas. Que ninguém tenha as ilusões de que nós vamos desenvolver-nos só com mais e melhor produção agroalimentar, ou que vamos ter só mais e melhor indústria”, declarou o líder do executivo.
Sem identificar os destinatários da sua mensagem, o primeiro-ministro considerou que está demonstrado que, “para se poder ter um bom setor agroalimentar, são necessárias boas infraestruturas de regadio; ou que para haver uma indústria mais competitiva, são indispensáveis infraestruturas que assegurem o seu acesso aos mercados globais”.
Neste contexto, António Costa referiu que a indústria da construção portuguesa foi “das que mais sofreu” com a crise financeira entre 2011 e 2014, tendo “sido em larga medida aí destruída”.
“Poucas subsistiram. Mas as que sobreviveram têm feito desde então um esforço muito grande e muito sério de recuperação, através da internacionalização. É absolutamente fundamental, sem nenhuma lógica protecionista ou nacionalista, que este esforço enorme de investimento público não seja simplesmente externalizado para firmas internacionais”, advertiu o primeiro-ministro.
Ou seja, segundo António Costa, as obras que vão ser lançadas nos próximos anos “devem ser também uma forma de fortalecer e muscular de novo a indústria nacional de construção”.
“Devemos ter uma indústria [de construção] robusta e competitiva, tal como acontece em todos os países modernos, desenvolvidos, competitivos e exportadores”, acrescentou.
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