Numa mensagem divulgada na rede social Twitter, António Costa recorda que passam hoje “25 anos da crise sísmica que abalou sobretudo as ilhas do Faial e do Pico, causando vítimas, milhares de desalojados e destruição de infraestruturas”.
“Presto homenagem aos faialenses e picoenses e à eficiência dos poderes públicos que concretizaram uma reconstrução exemplar”, lê-se na mensagem.
Em 9 de julho de 1998, um sismo de 5,8 pontos na escala de Richter atingiu a costa norte da Ilha do Faial, nos Açores, provocando oito mortos, 110 feridos e mais de 1.500 desalojados, e destruindo 70% do parque habitacional daquela ilha.
Em declarações à Lusa no âmbito de uma reportagem sobre os 25 anos do sismo, José Contente, atual deputado do PS ao parlamento regional e que era secretário regional da Habitação e Obras Públicas em 1998, recordou as dificuldades que o executivo sentiu naquele ano para alojar provisoriamente as pessoas, numa primeira fase, em tendas provisórias, e depois em prefabricados.
“Houve que realojar logo aquelas pessoas, naquele verão, em termos de realojamento provisório. Eu recordo, a esta distância, que não havia prefabricados em lado nenhum, as fábricas estavam fechadas no verão. Teve de vir uma equipa do Canadá para fazer a montagem deste tipo de prefabricados”, conta.
25 anos depois, o ex-governante considera que o Faial “está hoje mais bem preparado para enfrentar fenómenos como o terramoto de 9 de julho de 1998”, apesar de a ilha estar a ser agora novamente assolada por uma nova crise sísmica.
De acordo com o CIVISA, o Centro de Informação e Vigilância Sismovulcânica dos Açores, foram registados desde o início da semana dezenas de sismos (alguns dos quais sentidos), com epicentro no mar, a oeste da freguesia do Capelo, exatamente do lado oposto ao do grande sismo, que ocorreu também no mar, a apenas cinco quilómetros da ponta da Ribeirinha, na costa leste.
“A atividade sísmica a oeste da ilha do Faial encontra-se acima dos valores normais de referência”, refere o ‘site’ oficial do CIVISA, que adianta estar a acompanhar a evolução desta crise sísmica de origem tectónica, ou seja, resultante da movimentação das placas tectónicas que atravessam o grupo Central dos Açores.
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