“Neste momento o que estamos a fazer é o que fazemos sempre: a avaliação dos danos e, em função da avaliação dos danos, a aplicação das medidas de apoio”, afirmou António Costa, que falava aos jornalistas à margem de uma visita às obras do Teatro D.Maria II, em Lisboa.
O primeiro-ministro realçou que, “felizmente, o incêndio foi dominado e o rescaldo foi concluído”.
“Neste momento, estamos na fase de levantamento dos danos e, perante isso, o Governo tomará as decisões que costuma tomar”, indicou.
O chefe de Governo notou que, para a agricultura, “os apoios são regulados a nível europeu” e o Governo tem de “aplicar as regras da Política Agrícola Comum”, mas isso não acontece noutras áreas também afetadas, como a do turismo.
“Noutros setores não estamos sujeitos às regras europeias e, portanto, temos as regras que temos praticado mais ou menos com estabilidade todo os anos nas diferentes circunstâncias”, afirmou.
O incêndio rural numa área de mato e pinhal deflagrou no concelho de Odemira (distrito de Beja), a meio da tarde de sábado e entrou nos concelhos algarvios de Monchique e Aljezur (distrito de Faro)
A área ardida ascende a cerca de 8.400 hectares, num perímetro de 50 quilómetros.
A ministra da Agricultura reuniu-se hoje com agricultores afetados por este fogo e anunciou que o Governo vai disponibilizar um apoio financeiro aos agricultores que ficaram sem alimentação para os animais devido ao incêndio.
“Vamos disponibilizar um apoio imediato para fazer face à aquisição de alimentos para animais. É um apoio financeiro que será dado à cabeça”, revelou Maria do Céu Antunes.
A governante realçou também que, no final da época de incêndios, o Governo vai abrir uma medida extraordinária, com verbas do Programa de Desenvolvimento Rural, para apoiar os agricultores que perderam infraestruturas com os fogos.
Também o secretário de Estado do Turismo, Comércio e Serviços visitou hoje Odemira para ouvir os empresários e associações locais de desenvolvimento turístico e compreender o impacto dos incêndios na atividade.
Sobre eventuais apoios a conceder, Nuno Fazendo afirmou este é o momento de ouvir os empresários afetados e apurar os danos para depois se poder desenhar “os instrumentos mais adequados para dar resposta ao turismo do concelho e da região”.
Segundo estimou na quinta-feira a associação Casas Brancas, que está a contabilizar os prejuízos, perto de 20 alojamentos turísticos do concelho foram afetados pelo incêndio, alguns com danos materiais.
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