António Costa garantiu ao Público que “não está prevista nenhuma remodelação” governamental “no horizonte” que alcança.
As declarações do primeiro-ministro surgem na sequência de uma entrevista de Augusto Santos Silva ao Expresso em que o ministro dos Negócios Estrangeiros confessou o desejo de deixar as funções governativas a tempo de poder voltar à vida académica.
“Não me imagino a deixar de ter interesse pela política. Mas espero que o PS me permita que acabe a minha atividade profissional na minha profissão, na Faculdade de Economia do Porto. Como os professores universitários só podem dar aulas até aos 70 anos, e eu já tenho 64”, disse Santos Silva, numa entrevista ao semanário Expresso, na resposta à pergunta “como é que projeta o seu adeus à política”.
Num comentário a estas declarações, o primeiro-ministro considerou que Santos Silva ainda tem “uns cinco anos” e que "mesmo o mais frio racionalista tem sempre um momento de ingenuidade quando fala com os jornalistas".
Também Eduardo Cabrita colocou nas mãos de Costa a sua continuidade no executivo depois das pressões de que tem sido alvo após o acidente mortal que envolveu o carro em que seguia na A6.
Na mesma entrevista ao Público, o líder do governo português reconheceu que existe um grande desgaste dos seus ministros, que há cerca de um ano e meio que governam em pandemia, mas defende que para manter a linha governativa do seu executivo a estabilidade dos titulares das pastas é fundamental.
António Costa defendeu também que a política requer "muita persistência", dando como exemplo que na segunda-feira vai assinalar o arranque da extensão do metro ligeiro a Loures, uma das propostas que apresentou quando foi candidato à câmara daquele município, em 1993.
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