“Nada pode ser feito para que não volte a acontecer. É uma ameaça que é permanente, que é geral e, portanto, voltará a acontecer seguramente. Temos é que nos lembrar é que, por cada um caso que acontece, há dez que não aconteceram”, afirmou António Costa, no Porto, quando questionado sobre o atentado terrorista em Paris, na quinta-feira, que provocou a morte de um polícia e ferimentos em outros dois.

O líder do Governo disse ainda esperar que aquele atentado não influencia as eleições presidências em França e salientou a importância de “prevenir a radicalização” como forma de combate ao terrorismo.

“É necessário prosseguir o trabalho de reforço de cooperação judicial, cooperação judiciária, dos serviços de informação, dotar os serviços de informação de instrumentos necessários a um combate eficaz ao terrorismo e termos uma ação muito determinada e focada em prevenir a radicalização porque esse é o trabalho essencial”, disse.

Questionado sobre se o atentado de quinta-feira poderá ter influência no resultados da corrida presidencial em França, cuja primeira volta está marcada para domingo, António Costa disse esperar que não.

“E que aqueles que desejam por esta via influenciar resultados eleitorais sejam castigados”, concluiu.

Na quinta-feira à noite, um homem disparou com uma arma automática contra um veículo da polícia na Avenida dos Campos Elísios, na capital francesa, matando um agente e ferindo outros dois.

O atacante, alegadamente um islâmico radicalizado, foi morto no local e o atentado foi reivindicado pelo grupo radical Estado Islâmico.