António Costa começa a manhã com uma reunião com o chefe de Estado da Tunísia, Béji Essebsi, deslocando-se depois à sede da UTICA (União Tunisina da Indústria, Comércio e Artesanato), onde fará uma intervenção na sessão de encerramento de um seminário empresarial dedicado às relações luso-tunisinas.
Segundo dados do executivo português, o comércio bilateral luso-tunisino tem vindo sempre crescer ao longo dos últimos anos, e registou-se um aumento de 15% no primeiro semestre deste ano, atingindo os 80 milhões de euros.
De acordo com os mesmos dados, Portugal tem 470 empresas a exportarem para o mercado tunisino, país que em 2016 foi o 30º cliente nacional, subindo seis posições relativamente a 2015.
Portugal agora, de acordo com o Governo, aposta em setores como o ambiente, a água e as obras públicas, num mercado em que o ministro da Economia, Manuel Caldeira Cabral, acredita que não se encontre afetados em termos de confiança por causa do problema do terrorismo islâmico.
"Portugal tem centenas de empresários a trabalhar e a produzir, como, por exemplo, várias empresas nacionais do setor têxtil que estão aqui, na Tunísia, com unidades de produção. São parcerias benéficas mutuamente, já que abrem a Portugal um mercado novo de um país que teve problemas [políticos], mas que atualmente está a crescer", sustentou Manuel Caldeira Cabral.
O ministro da Economia destacou ainda investimentos de empresas no setor do azeite, como a Sovena, mas também na área dos cimentos.
"Há muitas oportunidades, que podem ser interessantes, em setores como a logística, nas obras públicas e na exportação de produtos diversos. Portugal tem uma balança claramente favorável na relação com a Tunísia, já que muitas das nossas empresas encontraram neste país negócios e abrem lojas, caso do grupo SONAE", disse.
Manuel Caldeira Cabral advogou igualmente que a Tunísia é um mercado em expansão, "com uma classe média que está a crescer todos os anos".
"Espero também convencer os empresários tunisinos no sentido de que encarem Portugal como uma porta de entrada para o mercado europeu e para os mercados de língua portuguesa. Os empresários tunisinos podem afirmar-se em mercados africanos diferentes dos de expressão francesa", acrescentou o membro do Governo, aqui numa referência aos objetivos do executivo de Lisboa no sentido de captar investimento externo.
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