“O PSD não está a ser convicto, mas sim a ser estratega relativamente à TAP”, disse João Cotrim Figueiredo durante uma ação de campanha no aeroporto do Porto, depois de na semana passada ter estado no de Lisboa numa iniciativa semelhante.
O liberal recordou que a IL foi a primeira a opor-se à injeção de capital na TAP, tendo antes disso proposto a sua privatização em sede de Orçamento de Estado de 2020, que foi reprovada com votos contra de todos à exceção do PSD e CDS, que se abstiveram.
“Agora vêm todos atrás dizer que, realmente, amam a ideia porque perceberam que os estudos de opinião demonstram que 60% dos portugueses não acham boa ideia gastar tanto dinheiro”, vincou.
Cotrim Figueiredo recordou que já não é a primeira mudança de opinião ou a primeira posição ambígua que o PSD e Rui Rio assumem durante esta campanha eleitoral.
Prosseguindo com as críticas, o liberal referiu que o PSD está apostado em “não criar grandes polémicas, a não ofender muitos interesses e a não afetar muitas corporações”.
“Portanto, há aqui algumas inflexões que parecem ter mais a ver com o querer ser popular a cada momento do que com convicções profundas”, considerou.
Na sua opinião, e repetindo que um governo PSD sem a IL é igual a um governo PS, o PSD tem “demasiada falta de determinação e coragem” parecendo que não querer ofender, nem afrontar ninguém.
Por seu lado, Cotrim Figueiredo afirmou que a IL é “selvagem” na defesa dos interesses dos contribuintes, numa alusão ao comentário de André Ventura que disse que a proposta de privatização da TAP por parte da IL é selvagem.
Dizendo que a TAP tem de ter uma solução, o liberal assumiu que essa será uma das reivindicações que levará para a mesa das negociações com o PSD na formação de um governo de direita, caso a aritmética o permita.
João Cotrim de Figueiredo defendeu, novamente, que não deveria ter sido investido um euro na TAP sem uma ideia clara de como é que o Estado iria sair da companhia aérea.
O liberal que quer a privatização “imediata e responsável” da TAP e o escrutínio de qualquer euro lá investido, propôs uma auditoria do Tribunal de Contas ao processo de nacionalização da companhia aérea.
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