“Vamos começar na próxima semana a aplicar uma testagem massiva para tentar descobrir e entender onde está a infeção. É importante identificar a situação, para se poder resolver de uma vez por todas”, afirmou José Rolo.
A ação será feita através dos chamados “testes rápidos a toda a população que o quiser fazer” num local a ser criado com “tendas junto à Câmara Municipal”, sendo necessário “mover as pessoas para se irem testar”.
O autarca adiantou ainda que todos os testes positivos ou inconclusivos “terão de ser depois testados por PCR para entrar na linha do Serviço Nacional de Saúde”.
O concelho de Albufeira foi um dos sete concelhos do país que o Governo anunciou hoje que não irá passar à fase seguinte do desconfinamento que se inicia na próxima segunda-feira, por terem duas avaliações sucessivas em situação de risco, mantendo as restrições atualmente em vigor.
José Rolo revelou também que a autarquia irá assumir a testagem no desporto de formação, que deveria iniciar-se na próxima segunda-feira, para que possam apresentar um teste feito “nas últimas 72 horas".
O “objetivo e o ideal” seria que as restrições “se alterassem” como vai acontecer na maioria dos concelhos, confessou, realçando, no entanto, que “os números são como o algodão, não enganam” e que irão reagir à situação com a esperança que nos próximos dias se resolva o problema.
“Nos últimos três dias os números têm estado a baixar e espero que daqui a 15 dias a situação esteja mais favorável”, apontou.
Para José Rolo esta é uma decisão que “não implica um regresso a mais restrições”, como acontece em Moura, Odemira, Portimão e Rio Maior, mas também “não avança para uma situação mais favorável”, nomeadamente para a restauração que “não poderá servir refeições dentro de um espaço fechado e as lojas com mais de 200 metros quadrados não poderão abrir, o resto mantêm-se”.
Os serviços da autarquia “irão manter o atendimento ‘on-line’ e evitar os aglomerados” e o executivo irá “chamar atenção” às forças policiais que estão no concelho para que tentarem “dissuadir e até aplicar coimas a quem prevaricar”, acrescentou.
O presidente da Câmara de Albufeira salientou ainda que é importante que “todos sejam vigilantes” e cada um “seja proteção civil”, sendo necessária a “consciência de todos” para resolver esta situação.
Outra cidade algarvia - Portimão - está na lista de concelhos que regressam às medidas restritivas que estavam em vigor na fase um do desconfinamento.
Assim, a partir de segunda-feira encerram ginásios, museus, galerias de artes e espaços semelhantes e esplanadas, enquanto as lojas entretanto abertas voltam a poder funcionar apenas com venda ao postigo.
Segundo anunciou hoje o primeiro-ministro, António Costa, será proibida, todos os dias da semana, a circulação interconcelhia “e, portanto, as pessoas têm o dever de se manter no seu concelho, com as exceções que são conhecidas, em particular a necessidade de terem de ir trabalhar ou de dar apoio a qualquer familiar”.
No entanto, as escolas continuam a funcionar presencialmente e também voltam ao ensino presencial os alunos do ensino secundário e do ensino superior – como no resto do continente português -, porque as “medidas relativas ao sistema educativo serão sempre medidas de âmbito nacional”, adiantou.
A Lusa contactou a Câmara de Portimão que respondeu dizendo que, para já, “não vão fazer declarações”.
Além de Portimão, ‘voltam atrás’ no processo de desconfinamento os municípios de Moura, Odemira e Rio Maior.
Outros sete concelhos, além de Albufeira, não vão passar à fase seguinte do desconfinamento que se inicia na próxima segunda-feira por terem "duas avaliações sucessivas em situação de risco", com mais de 120 casos por 100 mil habitantes, mantendo as restrições atualmente em vigor: Alandroal, Albufeira, Beja, Carregal do Sal, Figueira da Foz, Marinha Grande e Penela.
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