O prolongamento acordado resultou de um consenso entre a intenção de Merkel de manter as restrições até 14 de março e o de diversos estados federados (Länder) que pretendiam reabrir as escolas e creches em 01 de março, como também poderão fazer os salões de cabeleireiro.

“Os esforços dos cidadãos para garantir um recuo dos contágios deu frutos, e agradeço-lhes desde aqui”, indicou Merkel após a reunião. A deteção de casos na Alemanha da variante britânica “que é mais agressiva” obriga a manter as restrições a um nível elevado, sublinhou a chanceler.

A incidência acumulada em sete dias no conjunto do país baixou hoje para 68 infeções por 100.000 habitantes. Terça-feira, pela primeira vez em três meses, ficou abaixo dos 75 positivos (72,8 casos).

O nível máximo de incidência semanal registou-se em 22 de dezembro, com 197,6 novas infeções e o objetivo de Merkel consiste em situá-lo abaixo dos 50 positivos semanais por 100.000 habitantes, meta que considera necessária para poder voltar a rastrear todas as cadeias de contágios.

“Apenas podemos efetuar um acompanhamento dos contágios e como se produziram caso consigamos uma descida continuada dos novos casos”, acrescentou. Para isso será necessário, segundo Merkel, manter as restrições em vigor na atividade comercial e pública, como nos contactos pessoais.

Desde o início de novembro que a restauração, divertimentos e vida cultural estão encerrados na Alemanha, a que se juntou em dezembro o comércio não essencial e as escolas.

Desta forma, foram cumpridos 100 dias desde o início deste confinamento, que se manterá também devido ao receio da propagação de novas mutações do novo coronavírus.

Para além da contenção de novos contágios, os esforços das autoridades alemãs centram-se agora em acelerar a vacinação após um dececionante arranque de campanha.

Até ao momento receberam a primeira dose da vacina 2,344 milhões de pessoas (cerca de 2,8% da população), enquanto 1,02 milhões (1,2% dos cerca de 83 milhões de habitantes) foi injetada com a segunda dose.

A pandemia de covid-19 provocou, pelo menos, 2.341.496 mortos no mundo, resultantes de mais de 106,8 milhões de casos de infeção, segundo um balanço feito pela agência francesa AFP.

Em Portugal, morreram 14.718 pessoas dos 774.889 casos de infeção confirmados, de acordo com o boletim mais recente da Direção-Geral da Saúde.