A APG/GNR diz, em comunicado a propósito da declaração de Estado de Emergência em Portugal pelo Presidente da República, que “tudo fará para que seja mantida a dignidade profissional de todos aqueles que servem a instituição e, também, a sua integridade física pois, como se sabe, muitos estão empenhados em serviços que implicam proximidade com o cidadão, mas sem o necessário material de proteção”.
A associação refere que tem vindo “de forma veemente nos últimos dias a assumir uma posição para minimizar alguns procedimentos errados, que não priorizaram o atual contexto, como por exemplo a falta de profissionais junto às fronteiras e dos respetivos meios de proteção”.
“Também de forma insistente temos, quer junto da cadeia de comando, quer junto do Ministério da Administração Interna, denunciado todos estes constrangimentos que ainda existem e que continuaremos a denunciar, designadamente todas as situações que se julguem pertinentes para que sejam garantidas as condições exigíveis para que os profissionais exerçam cabalmente a sua missão, em segurança e com dignidade”, adianta a APG/GNR.
“A necessidade de evitar a contaminação de profissionais que terão um imprescindível papel na garantia do cumprimento do Estado de Emergência deveria ser uma evidência para o Governo, da mesma forma que para nós é uma evidência a necessidade de querermos evitar a contaminação das nossas famílias”, afirma a APG/GNR.
O Presidente da República decretou hoje o Estado de Emergência, como medida de combate à Covid-19, a doença provocada pelo novo coronavírus.
A associação profissional refere ainda que “os profissionais da GNR serão, como já estão a ser, chamados a intervir para garantir o cumprimento do Estado de Emergência, que compreende a restrição de alguns direitos, liberdades e garantias dos cidadãos".
“Os profissionais da GNR, enquanto agentes da segurança pública, saberão, certamente, com elevado profissionalismo cumprir a sua missão, em condições que serão naturalmente difíceis e desgastantes, mas a sua atuação será fulcral para garantir o objetivo da declaração do Estado de Emergência e que é a contenção da disseminação desta pandemia”, conclui.
A APG/GNR apela igualmente ao civismo de todos os portugueses, no sentido de acatarem as indicações das autoridades e assim facilitarem a sua atuação.
O novo coronavírus infetou já mais de 200 mil pessoas em todo o mundo, das quais mais de 8.200 morreram.
Em Portugal, a Direção-Geral da Saúde (DGS) elevou hoje o número de casos confirmados de infeção para 642, mais 194 do que na terça-feira. O número de mortos no país subiu para dois.
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