Em declarações à agência Lusa, José Manuel Silva, membro da direção da APESP, adiantou que à semelhança do que se passou em março do ano passado devido à pandemia de covid-19, foram cancelados os estágios dos cursos de saúde e técnicos de saúde.
“É um ‘remake’ do que se passou no ano passado. Este procedimento é inadmissível e coloca em causa a formação de todos os profissionais de saúde atualmente em formação. A APESP entende que os alunos são um recurso para os serviços de saúde e não um encargo e numa época em que todos os recursos na saúde são escassos, não me parece uma boa solução não aproveitar estes estudantes”, salientou.
Por isso, a APESP defende que os estágios não devem ser interrompidos e devem ser continuados de forma a assegurar a melhor formação possível dos futuros diplomados.
“É evidente que os hospitais têm de afetar alguns recursos no acompanhamento destes estudantes, mas o que eles podem fazer é bem superior ao encargo que possam ter com eles. Por outro lado, bloqueia-se a formação de milhares de estudantes, muitos a terminarem os cursos, que atualmente estão em formação e muito proximamente estariam disponíveis para integrarem as equipas clínicas”, defendeu.
José Manuel Silva disse também que a APESP quer que todos os estagiários sejam vacinados em igualdade com todos os profissionais de saúde nas unidades onde estagiam.
“Reivindicamos que sejam tratados em igualdade com os outros profissionais de saúde. Estes alunos vão ser os próximos profissionais de saúde”, concluiu.
A pandemia de covid-19 provocou, pelo menos, 2.149.818 mortos resultantes de mais de 100 milhões de casos de infeção em todo o mundo, segundo um balanço da Universidade Johns Hopkins, dos EUA.
Em Portugal, morreram 11.012 pessoas dos 653.878 casos de infeção confirmados, de acordo com o boletim mais recente da Direção-Geral da Saúde.
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