No total, o Brasil tem 19 casos no estado de São Paulo, oito no Rio de Janeiro e dois na Bahia. Os estados do Rio Grande do Sul, Espírito Santo, Alagoas, Minas Gerais e Distrito Federal têm um caso confirmado, cada um.
Nos últimos dias, o país sul-americano confirmou os primeiros casos de transmissão local, em pessoas sem registo de viagens para o exterior.
Até ao momento, o Brasil já descartou 780 casos suspeitos.
O Ministério da Saúde do Brasil anunciou hoje que quer contratar cinco mil médicos e reforçar a capacidade de assistência em saúde durante a emergência do novo coronavírus.
O Governo brasileiro destacou que as grandes cidades voltarão a estar no foco das contratações do programa Mais Médicos, que até agora vinha priorizando apenas municípios de maior vulnerabilidade.
“A medida é em razão de serem locais com maior concentração de pessoas, o que ajuda a ampliar a circulação do coronavírus”, justificou o Ministério da Saúde brasileiro.
Para o secretário executivo do Ministério da Saúde, João Gabbardo, a medida vai fortalecer o atendimento nos postos de saúde, evitando idas desnecessárias aos hospitais.
“A reposição de profissionais do Mais Médicos visa reforçar o atendimento nos postos de saúde, evitando a superlotação de hospitais e Unidade de Pronto Atendimento (UPA) num cenário de grande circulação do coronavírus no país”, informou Gabbardo, citado na nota do Ministério da Saúde.
Para tentar conter o avanço do coronavírus, a pasta da Saúde anunciou ainda que irá transferir recursos financeiros para os municípios para que possam aumentar o horário de atendimento nas unidades básicas de saúde.
Na prática, o Governo vai ampliar o programa "Saúde na Hora", lançado em 2019, que permite às unidades de saúde funcionarem além de 40 horas semanais, chegando até 60 horas, e cujo investimento, este ano, será de 900 milhões de reais (172 milhões de euros).
Em contraste com as medidas que têm sido adotadas pelo Brasil no combate ao Covid-19, o Presidente do país, Jair Bolsonaro, disse hoje, num discurso para a comunidade brasileira em Miami, nos Estados Unidos da América, que o coronavírus é uma pequena crise criada por uma fantasia divulgada pelos ‘media’ no mundo.
"Obviamente temos no momento uma crise, uma pequena crise. No meu entender, muito mais fantasia, a questão do coronavírus, que não é isso tudo que a grande mídia [veículos de imprensa] propala ou propaga pelo mundo todo", afirmou Bolsonaro, citado pela imprensa brasileira.
A epidemia de Covid-19, provocada pelo novo coronavírus SARS-CoV-2, foi detetada em dezembro, na China, e já provocou mais de 4.250 mortos.
Cerca de 117 mil pessoas foram infetadas em mais de uma centena de países, e mais de 63 mil recuperaram.
Nos últimos dias, a Itália tornou-se o caso mais grave de epidemia fora da China, com 631 mortos e mais de 10 mil contaminados pelo novo coronavírus, que pode causar infeções respiratórias como pneumonia.
A quarentena imposta pelo governo italiano ao Norte do País foi alargada a toda a Itália.
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