“Dissemos (às autoridades gregas e ao Alto Comissariado da ONU para os Refugiados) que queiramos receber entre 350 e 500 crianças nas próximas semanas”, disse Heiko Maas à emissora televisiva N-TV.

“Num primeiro passo”, Berlim vai receber 50 crianças migrantes, indicou, confirmando um anúncio semelhante feito na terça-feira à noite pelo Ministério do Interior.

A Comissão Europeia lançou uma iniciativa no início de março para que 1.600 crianças, a maioria menores não acompanhados com menos de 14 anos ou sofrendo de doença grave, sejam transferidos dos campos das ilhas do mar Egeu.

Portugal foi um dos oito países, incluindo além da Alemanha, o Luxemburgo, França, Finlândia, Lituânia, Croácia e Irlanda, que se declararam prontos a participar na operação. Maas falou hoje de “até 10 países”.

Mas desde então nada aconteceu de concreto e muitas vozes denunciaram a situação das dezenas de milhares de migrantes que vivem em condições terríveis, nestes tempos de pandemia, sobretudo no campo de Moria, na ilha de Lesbos, “uma bomba” em termos de saúde, segundo o governo grego.

Heiko Maas sublinhou que Berlim pretendia agora “enviar um sinal”.

“Somos, com o Luxemburgo, os únicos que neste momento continuam prontos a acolher crianças”, disse, indicando que os outros países decidiram esperar um alívio das medidas de confinamento que paralisam uma grande parte do continente.

O Luxemburgo referiu que iria acolher 12 crianças.

Na Alemanha, a pressão tem vindo a aumentar. Cerca de 50 deputados do campo conservador da chanceler Angela Merkel, entre os quais um dos candidatos à presidência da CDU, Norbert Rottgen, lançaram um apelo no início da semana a favor do acolhimento daqueles menores.

O ministro do Desenvolvimento alemão, Gerd Muller, considerou os campos gregos uma “vergonha”, pedindo a Bruxelas para agir antes que ocorra uma “catástrofe”.

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