Em comunicado, o executivo comunitário explica que o evento de ‘matchmaking’, realizado à distância, visa “acelerar as ligações entre produtores de vacinas e empresas de serviços, tais como organizações de desenvolvimento e de fabrico, produção de materiais e de acabamentos, fabricantes de equipamento e outros, com vista a melhorar o planeamento da produção atual e futura de vacinas na Europa”.
Ao mesmo tempo, a ocasião tem o intuito de “resolver os estrangulamentos na produção e na cadeia de abastecimento”, acrescenta a instituição.
Citada pela nota, a vice-presidente da Comissão Europeia com a pasta digital e da concorrência, Margrethe Vestager, observa que “o número e a variedade de participantes no evento de ‘matchmaking’ mostra a importância de ter uma indústria farmacêutica vibrante e competitiva na UE”, numa alusão à participação de mais de 300 empresas de 25 países.
“A cooperação para combinar recursos complementares e aumentar a capacidade de vacinação pode ser decisiva para acelerar a vacinação dos cidadãos europeus e ultrapassar o surto”, assinala Margrethe Vestager, adiantando que, por essa razão, a Comissão Europeia “emitiu uma carta de alívio das regras anticoncorrenciais que facilita a criação de parcerias entre empresas, ao mesmo tempo que protege a concorrência leal”.
Por seu lado, o comissário europeu do Mercado Interno, Thierry Breton, que está à frente de um grupo de trabalho para contacto com o setor farmacêutico e industrial, garante estar a “trabalhar com a indústria para fazer melhor uso da capacidade existente e construir novas capacidades em toda a Europa”.
“Encorajo as várias empresas envolvidas no processo de fabrico de vacinas a tirarem o máximo partido das oportunidades para criação de parcerias”, conclui.
No que toca à campanha de vacinação europeia, 18,2 milhões adultos dos perto de 400 milhões de cidadãos da UE receberam já a segunda dose da vacina contra a covid-19, levando a que só 4,1% da população europeia esteja completamente imunizada, segundo a informação divulgada pela Comissão Europeia na passada quinta-feira.
Bruxelas atribuiu estes níveis baixos de inoculações aos problemas de entrega das vacinas da AstraZeneca para a UE, exigindo o executivo comunitário que a farmacêutica recupere os atrasos na distribuição e honre o contratualizado.
A meta de Bruxelas é que, até final do verão, 70% da população adulta esteja vacinada.
Os dados divulgados pela instituição na passada quinta-feira revelaram também que foram já administradas 62 milhões de doses de vacinas em relação às 88 milhões distribuídas.
Atualmente, estão aprovadas quatro vacinas na UE: Pfizer/BioNTech, Moderna, AstraZeneca e Janssen (grupo Johnson & Johnson).
Até ao final deste primeiro trimestre, de acordo com Bruxelas, chegarão à UE quase 100 milhões de doses de vacinas, a grande parte da Pfizer/BioNTech (66 milhões, mais do que os 65 milhões inicialmente acordadas), da AstraZeneca (30 milhões de um total de 120 milhões inicialmente acordadas) e da Moderna (10 milhões).
Para o segundo trimestre, a expectativa do executivo comunitário é que cheguem 360 milhões de doses à UE, principalmente da Pfizer/BioNTech (200 milhões), da AstraZeneca (70 milhões de um total de 180 milhões inicialmente acordadas), da Janssen (55 milhões) e da Moderna (35 milhões).
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