"Estamos a trabalhar num programa, que vai ficar concluído até ao final deste mês, para ser apreciado durante o mês de novembro pela Direção-Geral da Saúde", afirmou Carlos Bernardes à agência Lusa.
No sábado, a organização do Carnaval, a cargo da empresa municipal Promotorres, anunciou, através de um vídeo publicado nas redes sociais, que o tema escolhido para a edição de 2021 vai ser "A máscara".
Trabalhado entre município, empresa municipal Promotorres e associações de carnaval, o programa vai ter pelo menos três momentos distintos, adiantou.
Cerca de um mês antes do Carnaval, vai ser inaugurado o habitual monumento alusivo ao evento no centro da cidade.
Em 12 de fevereiro, no primeiro dia do Carnaval, é inaugurado um museu alusivo, a coincidir com a chegada ao local dos Reis do Carnaval, enquanto em 17 de fevereiro, acontece o enterro do Entrudo.
Carlos Bernardes explicou que, cada momento do programa vai ter uma limitação de pessoas, levando as associações de Carnaval a ter apenas "dois ou três representantes", em vez da tradicional multidão de foliões mascarados.
Perante o aumento do número de casos de infeção ativos da covid-19, o autarca disse que a espontaneidade característica do Carnaval torriense "terá de ser limitada, porque a saúde está em primeiro lugar", escusando-se a explicar para já as medidas que vão ser implementadas nesse sentido.
"Vai ser um Carnaval diferente e a sociedade torriense vai comportar-se com toda a responsabilidade e segurança", acrescentou.
Em setembro, a Rede de Cidades de Carnaval da Região Centro anunciou que os carnavais de Estarreja, Ovar, Mealhada, Figueira da Foz e Torres Vedras não vão ter os tradicionais corsos de Carnaval em 2021, devido à pandemia de covid-19.
A decisão tem como objetivo evitar ajuntamentos de pessoas e promover o distanciamento social.
Contudo, as organizações destes cinco carnavais "pretendem realizar iniciativas para assinalar o evento", aguardando por orientações da DGS.
O Carnaval de Torres Vedras, que em 2019 teve um orçamento de 800 mil euros, recebe cerca de meio milhão de visitantes durante os seis dias do evento.
Os festejos geram receitas de cerca de 10 milhões de euros na economia local.
Em 2016, a câmara de Torres Vedras candidatou o seu Carnaval a Património Nacional Imaterial, o primeiro passo para vir a ser reconhecido como Património Mundial pela Organização das Nações Unidas para a Educação, Ciência e Cultura (UNESCO).
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