Dos testes realizados na sexta-feira a utentes e funcionários do lar principal gerido pela Associação de Assistência e Beneficência da Misericórdia de Alverca (AABMA), 30 utentes e 54 funcionários deram negativo para covid-19.

O presidente da Câmara Municipal de Vila Franca de Xira, Alberto Mesquita, adiantou que só na reunião agendada para hoje, sábado, às 10:00, será decidido “o que fazer relativamente ao número de utentes, infetados e não infetados, se ficam todos na mesma instalação ou não”.

Essa decisão será tomada “na base de todos os dados dos testes realizados”, que só estarão concluídos hoje. Isto porque ainda se aguarda o resultado dos testes realizados a 20 utentes de uma outra instalação gerida pela AABMA, a 800 metros de distância do lar principal, que só serão conhecidos esta manhã.

Sabe-se que pelo menos uma das funcionárias deste outro espaço está infetada, adiantou à Lusa o diretor da AABMA, João Simões.

Para já, os utentes infetados com covid-19 tiveram de permanecer juntamente com os utentes não infetados nas instalações do lar principal, que tem vários pisos.

“O nosso lar não está preparado para estabelecer corredores, isso tem de ser a autoridade de saúde a fazer”, vincou o diretor da associação.

O autarca de Vila Franca de Xira, no distrito de Lisboa, adiantou que, após um contacto com o secretário de Estado Adjunto e dos Assuntos Parlamentares, Duarte Cordeiro, foram disponibilizadas “algumas pessoas” – segundo João Simões voluntários da Confederação Nacional das Instituições de Solidariedade Social e da Cruz Vermelha – para garantir os serviços do lar, em substituição dos profissionais que trabalham neste equipamento, mas que dele sairão hoje.

“Está garantida a alimentação”, acrescentou o autarca, adiantando também que “alguns funcionários cujo teste foi positivo vão ficar em quarentena em instalações do município”.

Segundo João Simões, as refeições terão de ser asseguradas, porque “as cozinheiras estão infetadas”.

Após uma reunião “extensa, mas produtiva” entre os vários intervenientes, Alberto Mesquita considera que “tudo o que era possível fazer foi feito”.

Portugal registava na sexta-feira 657 mortos associados à covid-19, em 19.022 casos confirmados de infeção, segundo o boletim diário da Direção-Geral da Saúde sobre a pandemia.

Das pessoas infetadas, 1.284 estão hospitalizadas, das quais 222 em unidades de cuidados intensivos, e 519 foram dadas como curadas.