Especialistas daquele país asiático já tinham admitido, no final de novembro, existir uma “alta probabilidade” de a variante do Sars-Cov-2 Ómicron chegar à China, embora tivessem demonstrado confiança nas rígidas estratégias de prevenção do país para evitar a transmissão.
Segundo a CGTN, ainda não foram divulgados detalhes sobre a nacionalidade ou histórico de viagens da pessoa infetada, um paciente assintomático que foi colocado em quarentena após a sua chegada ao país asiático.
A estação de televisão acrescenta, citando autoridades locais, que testes PCR mostraram a presença da variante Ómicron no infetado no dia 9 de dezembro, o que foi posteriormente confirmado pelo Centro Chinês para o Controlo e Prevenção de Doenças.
O jornal Global Times acrescenta que o doente agora está isolado num hospital da cidade, a 111 quilómetros da capital, Pequim.
Dois dos primeiros casos da nova variante foram detetados no final de novembro, em Hong Kong, em dois homens que estavam em quarentena num dos hotéis do aeroporto da ex-colónia britânica.
A deteção aconteceu quando Hong Kong se preparava para reabrir a sua fronteira com a China continental.
A China, que mantém uma política de tolerância zero relativamente ao coronavírus que causa a doença da covid-19, aplica, desde março de 2020, rígidos controlos nas fronteiras, que incluem a proibição da entrada de não residentes e quarentenas obrigatórias de pelo menos 14 dias num hotel pago pelo viajante, mas não foi capaz de evitar o aparecimento de surtos frequentes.
O último desses surtos aconteceu na província de Zhejiang (leste), onde foram hoje registadas 74 novas infeções por transmissão local.
O número total de infetados ativos na China continental alcança atualmente as 1.381 pessoas, de acordo com as últimas estatísticas oficiais, das quais 27 estão em estado grave.
Desde o início da pandemia, o país contabilizou 99.780 casos positivos de covid-19 e 4.636 mortes.
A covid-19 provocou pelo menos 5.304.397 mortes em todo o mundo, entre mais de 269 milhões infeções pelo novo coronavírus registadas desde o início da pandemia, segundo o mais recente balanço da agência France-Presse.
Em Portugal, desde março de 2020, morreram 18.673 pessoas e foram contabilizados 1.196.602 casos de infeção, segundo dados da Direção-Geral da Saúde.
A doença respiratória é provocada pelo coronavírus SARS-CoV-2, detetado no final de 2019 em Wuhan, cidade do centro da China, e atualmente com variantes identificadas em vários países.
Uma nova variante, a Ómicron, classificada como “preocupante” pela Organização Mundial da Saúde (OMS), foi detetada na África Austral, mas desde que as autoridades sanitárias sul-africanas deram o alerta, a 24 de novembro, foram notificadas infeções em pelo menos 57 países de todos os continentes, incluindo Portugal.
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