Devido a este segundo surto no hospital, só decorre a atividade cirúrgica de urgência, explicou a fonte da Unidade Local de Saúde do Baixo Alentejo (ULSBA).
Segundo a fonte, com os dois novos casos de infeção pelo vírus que provoca a doença Covid-19 confirmados, ambos assistentes operacionais do hospital, subiu de 14 para 16 o número total de infeções.
Entre os 16 infetados, há dez profissionais de saúde dos serviços de Medicina, Urgência Geral e Endoscopia, nomeadamente seis enfermeiros e quatro assistentes operacionais, todos em isolamento em casa, e seis doentes.
A Unidade de Saúde Pública da ULSBA determinou a colocação de mais 32 profissionais de saúde do hospital em vigilância ativa com isolamento profilático, o que fez subir de 42 para 74 o número de médicos, enfermeiros e assistentes operacionais naquela situação.
Segundo a ULSBA, devido ao número de profissionais ausentes por estarem infetados ou em vigilância ativa, os serviços afetados adaptaram os respetivos modos de funcionamento, "não se tendo procedido ao encerramento de qualquer serviço ou camas de internamento".
No entanto, a Unidade de Endoscopia Digestiva fechou na passada sexta-feira para uma ação de desinfeção e reabriu e retomou o funcionamento hoje.
De acordo com a fonte da ULSBA, o segundo surto no hospital de Beja, que foi divulgado na passada quinta-feira, teve origem numa doente internada numa enfermeira de um piso do hospital fora da área dedicada à covid-19 e que tinha feito um teste de despiste do vírus da covid-19 com resultado negativo antes do internamento.
Já internada, a doente começou a ter sintomas compatíveis com covid-19 e fez um segundo teste, que deu resultado positivo, explicou a fonte, referindo que, após a confirmação da infeção, foram feitos testes a outros doentes e a profissionais de saúde, o que permitiu detetar os restantes 15 casos de infeção já confirmados.
De acordo com as orientações da Unidade de Saúde Pública da ULSBA, também já foram feitos testes a todos os profissionais de saúde e doentes do serviço de Internamento de Cirurgia.
O processo de monitorização diária do segundo surto no hospital de Beja envolve a Unidade de Saúde Pública, o Serviço de Saúde Ocupacional e o Programa de Prevenção e Controlo de Infeções e de Resistência aos Antimicrobianos da ULSBA.
Para garantir a segurança de todos e a manutenção da confiança institucional e cumprindo as orientações da Direção-Geral da Saúde, a ULSBA reforça "a importância do distanciamento físico, da higienização das mãos e do uso de máscara de proteção".
O primeiro surto no hospital de Beja, que foi identificado em 24 de setembro e considerado ultrapassado em 21 de outubro, infetou 36 profissionais de saúde, todos já recuperados e a trabalhar.
Comentários