António Costa avançou com este indicador no debate quinzenal, na Assembleia da República, após uma intervenção proferida pela secretário-geral adjunto do PS, José Luís Carneiro.
Segundo o primeiro-ministro, a ASAE (Autoridade de Segurança Alimentar e Económica) está a efetuar "um trabalho invisível mas muito importante para detetar situações de fraude, de crime de especulação, para dar resposta e punir situações como as da venda do álcool, do gel desinfetante, máscaras ou outros materiais de proteção".
Produtos que estão a ser vendidos "aproveitando uma situação lamentável para ter lucro fácil" completou o líder do executivo.
Neste momento, segundo António Costa, esse trabalho está a ser feito pelos inspetores da ASAE.
"Os autos estão a ser levantados. Estão 16 brigadas na rua dirigindo-se a diferentes agentes económicos para combater situações de especulação", frisou o primeiro-ministro.
Na parte da sua intervenção mais dedicada à componente social das consequências da atual crise sanitária, António Costa disse que não se pode "ignorar" a nova situação dos reclusos, "que já estão privados da liberdade e que agora ainda estão privados da visita dos familiares, tendo ainda uma maior solidão".
"Não podemos ignorar o trabalho extraordinário dos profissionais de saúde, mas não só. Temos de nos lembrar daqueles que asseguram serviços essenciais como a recolha do lixo, que tem de continuar a decorrer. Sentem legitimamente maior receio relativamente a essa tarefa", acrescentou.
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