“A variante Ómicron provavelmente já está presente na Alemanha”, assumiu o ministro regional de Assuntos Sociais, Kai Klose, na rede social Twitter, aludindo à nova onda da pandemia de covid-19 no país.
Os testes realizados na noite de sexta-feira a um passageiro que chegou ao aeroporto de Frankfurt, oriundo da África do Sul, revelaram “várias mutações típicas do Ómicron”, acrescentou.
A nova variante do coronavírus, detetada na quinta-feira pela primeira vez na África do Sul, é considerada "preocupante" pela Organização Mundial de Saúde (OMS), apresentando um risco aumentado de contágio em comparação com outras estirpes, incluindo a Delta, dominante e já muito contagiosa.
“Por causa dessa forte suspeita, essa pessoa está isolada na sua casa. A análise completa dos resultados ainda está em andamento”, disse o ministro.
A nova variante já foi detetada na Europa, na Bélgica.
A Ómicron também foi identificada no Malauí, em Israel (num passageiro oriundo do Malauí), Botswana e Hong Kong.
A Alemanha está a ser particularmente afetada pela nova vaga da pandemia de covid.19.
Dados do Instituto Robert Koch (RKI) indicam que a taxa de incidência do novo coronavírus na Alemanha continua a somar novos picos diários desde o início deste mês e situa-se hoje em 444,3 novas infeções por cada 100.000 habitantes em sete dias, o que contrasta com as de 438,2 de sexta-feira e as 362,2 de há uma semana, numa altura em que a campanha de vacinação continua a mostrar sinais de lentidão.
Segundos os dados do RKI de virologia, atualizados hoje de madrugada, a Alemanha contabilizou 67.125 novos casos nas últimas 24 horas e 303 mortes associadas à covid-19, com o número de infeções ativas a rondar os 813.400.
A taxa cumulativa de internamentos a sete dias está atualmente na Alemanha em 5,97 por 100.000 habitantes, e a ocupação nas unidades de cuidados intensivos com pacientes com covid-19 é de 18,9% das camas disponíveis
Os dados referem que 71,1% da população da Alemanha (59,1 milhões de pessoas) foram vacinadas, 68,4% (56,9 milhões) com o regime completo, enquanto 8,6 milhões já receberam uma dose de reforço.
Segundo o mais recente balanço da agência noticiosa France-Presse (AFP), divulgado na sexta-feira, a covid-19 provocou pelo menos 5.180.276 mortes em todo o mundo, entre mais de 259,46 milhões infeções pelo novo coronavírus.
A doença é provocada pelo coronavírus SARS-CoV-2, detetado no final de 2019 em Wuhan, cidade do centro da China.
A nova variante, a Ómicron, foi detetada na África do Sul e, segundo a OMS, o “elevado número de mutações” pode implicar maior infecciosidade.
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