Segundo noticia o Expresso na sua edição de hoje, há laboratórios, universidades e médicos que não registam os casos positivos de Covid-19. O boletim epidemiológico atualizado diariamente pela Direção Geral da Saúde (DGS) tem concelhos, como o Porto ou Lousada, há semanas sem novos infetados, adianta o jornal. A informação é negada pelos hospitais.

São vários os profissionais no terreno e antigos responsáveis que questionam a veracidade da informação avançada pela Direção Geral de Saúde. De acordo com o jornal Expresso, as denúncias feitas referem-se às discrepâncias que se observam nos registos, como: surtos noticiados, que não aparecem nas nas estatísticas da DGS; um maior número de casos registados pelas autoridades de saúde do que aquele que é reportados pelas autoridades de saúde; diferenças entre o número total de infeções e a distribuição dos concelhos; e ainda, concelhos cujos dados não são atualizados há semanas no boletim oficial, embora continuem a existir admissões Covid-19 nas unidades de saúde pública e urgência locais que identificam casos positivos.

No caso do Porto, e consultados os boletins diários da DGS, a 3 de junho registavam-se 1361 casos confirmados; a 4 de junho o número subiu para 1401 e a 6 de junho teve nova atualização para 1414. De dia 6 de junho até ontem, 3 de julho (inclusive), o valor manteve-se sempre o mesmo (1414 casos).

No entanto, o Porto não é caso único. Segundo avança o Expresso, os dados dos boletins diários da DGS indicam que um quarto dos concelhos do país não tem um caso novo de infeção desde o dia 6 de junho. Entre estes estão alguns dos municípios com o maior número de habitantes e mais de 700 infetados nos meses anteriores — caso de Matosinhos, Gondomar, Braga, Maia e Guimarães.

Todos os dias, a Direção-Geral da Saúde publica no boletim divulgado à comunicação social uma lista com o número de casos de Covid-19 acumulados por concelho. Este documento é enviado em PDF e  para perceber a evolução de cada concelho é necessário consultar os boletins dia a dia, já que não é assinalada a evolução. Também no número acumulado apresentado não há distinção entre casos ativos e recuperados, nem quantos desses doentes estão hospitalizados ou internados em cuidados intensivos.