“O companheiro Diosdado Cabello escreveu uma mensagem na sua conta do Twitter informando que depois de fazer os testes de PCR [método utilizado para a deteção do vírus] para a covid-19 deu positivo”, disse Nicolás Maduro.
A mensagem foi publicada na noite desta quinta-feira:
O Presidente venezuelano falava durante uma alocução ao país, transmitida pela televisão estatal, na qual manifestou “toda a solidariedade” com Diosdado Cabello, que é tido como o segundo homem mais forte do chavismo.
“Estamos contigo, Diosdado. Toda a solidariedade do povo da Venezuela. Tenho a certeza de que com a tua fortaleza moral e o nosso José Gregório Hernández [1864-1919, médico católico venezuelano em processo de beatificação]” estes dias serão ultrapassados, disse Nicolás Maduro.
Diosdado Cabello suspendeu na quarta-feira o seu programa “Con el mazo dando” (“Dando com o malho”) na televisão estatal venezuelana devido a uma forte “alergia”.
Segundo a imprensa venezuelana, também o governador do Estado venezuelano de Zúlia, Omar Prieto, está em tratamento médico depois de testar positivo ao novo coronavírus.
Na Venezuela estão oficialmente confirmados 8.010 casos de pessoas infetadas e 75 mortes associadas ao novo coronavírus. Estão ainda dados como recuperados 2.544 pacientes.
Entre as vítimas mortais está Vidal Atencio, popularmente conhecido como “o padre Vidal”, que em 2014 se afastou da Igreja Católica para dedicar-se à política e era secretário dos Assuntos Agropecuários da Governação de Zúlia.
A Venezuela está desde 13 de março em estado de alerta, o que permite ao executivo decretar “decisões drásticas” para combater a pandemia.
Nas últimas duas semanas o Governo venezuelano reforçou as restrições em todo o país, devido ao aumento de casos confirmados.
Os voos nacionais e internacionais estão restringidos.
A pandemia de covid-19 já provocou quase 551 mil mortos e infetou mais de 12,12 milhões de pessoas em 196 países e territórios, segundo um balanço feito pela agência francesa AFP.
A doença é transmitida por um novo coronavírus detetado no final de dezembro, em Wuhan, uma cidade do centro da China.
Depois de a Europa ter sucedido à China como centro da pandemia em fevereiro, o continente americano é agora o que tem mais casos confirmados e mais mortes.
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