“A agência de segurança sanitária britânica [UKHSA, na sigla em inglês] confirmou que dois casos de covid-19 com mutações compatíveis com B.1.1.529 foram identificados no Reino Unido”, revelou o ministério num comunicado.
Na nota acrescenta-se que as pessoas contaminadas e as respetivas famílias se encontram já em isolamento.
A nova variante do coronavírus chama-se Ómicron e foi detetada na África do Sul. Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), o “elevado número de mutações” pode implicar maior infecciosidade.
O Centro Europeu de Controlo de Doenças (ECDC) alertou na quinta-feira que a nova variante do vírus SARS-CoV-2 suscita “sérias preocupações de que possa reduzir significativamente a eficácia das vacinas e aumentar o risco de reinfeções”.
Num comunicado sobre a avaliação da ameaça da nova variante, e com base na informação genética atualmente disponível, o ECDC disse que a nova variante detetada na África Austral é a mais divergente (em relação ao vírus original) detetada até hoje.
A diretora da ECDC, Andrea Ammon, referiu, citada no comunicado, que há ainda muitas incertezas em relação à transmissibilidade, eficácia das vacinas ou risco de reinfeções, e pediu proatividade na implementação de medidas para “ganhar tempo” até haver mais informação.
A representante recomendou que se feche “a lacuna da imunização” e que sejam consideradas doses de reforço de vacinas para todos os adultos, dando prioridade às pessoas com mais de 40 anos.
“Finalmente, devido às incertezas envolvidas nesta situação, a implementação reforçada atempada de intervenções não-farmacêuticas é agora mais importante do que nunca”, disse.
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