A empresa tinha já anunciado através de um comunicado que 30 mil pessoas participam nesta fase decisiva do ensaio clínico nos Estados Unidos. Metade dos participantes vão receber uma dose de 100 microgramas e as restantes uma dose placebo.

Segundo a Associated Press, os voluntários não vão saber se estão a receber a versão real da vacina ou a versão placebo. Após duas doses, os cientistas vão registar qual o grupo que experimenta mais infecções à medida que as pessoas seguem as suas rotinas diárias, especialmente em áreas onde o vírus ainda está a espalhar-se sem controlo.

A primeira fase da vacinação foi realizada em Savannah, na Geórgia. Está previsto que sejam realizados testes em mais sete dezenas de locais espalhados por todo o país.

O objetivo principal deste estudo é prevenir quaisquer sintomas da covid-19 e o objetivo secundário é a prevenção da infeção pelo novo coronavírus. O estudo deve durar até 27 de outubro.

Este estudo coloca a empresa de biotecnologia Moderna na vanguarda da corrida global por uma vacina contra a doença que já infetou mais de 13,2 milhões de pessoas em todo o mundo e matou mais de 574.000 pessoas.

Os cientistas alertam, no entanto, que as primeiras vacinas a chegar ao mercado não são necessariamente as mais eficazes ou as mais seguras.

A tecnologia explorada pela Moderna, baseada em ARN-mensageiro - um sistema que transporta o código genético do ADN às células -, procura fornecer ao corpo as informações genéticas necessárias para o proteger preventivamente contra o novo coronavírus.

A empresa de biotecnologia recebeu 483 milhões de dólares (426 milhões de euros) do Governo dos EUA.

A 18 de maio, a Moderna anunciou os primeiros resultados “encorajadores” após um teste com um pequeno número de voluntários (oito), referente à primeira fase. A segunda fase, que contou com 600 voluntários, começou no final de maio.