No despacho, a que a Lusa teve acesso, Joaquim Pinto Moreira justifica a medida com o “elevado número de casos confirmados com a infeção Covid-19 nos municípios limítrofes de Espinho, nomeadamente em Santa Maria da Feira e Ovar”, sendo que este último, que faz fronteira a sul com Espinho, declarou hoje o “estado de calamidade pública”.
Ouvida a Comissão Municipal de Proteção Civil, que se pronunciou unanimemente favorável à ativação do plano de emergência, esta apelou ainda para o “reforço da capacidade e meios de resposta ao controlo e proteção da cadeia epidemiológica” e das “medidas de emergência social”.
Em declarações à Lusa, Joaquim Pinto Moreira diz tratar-se de um reforço das medidas de contenção já em vigor em Espinho.
Recordando que existem “dinâmicas sociais, territoriais e fluxos consideráveis de pessoas” entre os dois concelhos, o autarca apelou aos munícipes para, nesta fase, evitarem relações de proximidade com os habitantes de Ovar.
O Governo declarou hoje o estado de calamidade pública para o concelho de Ovar. De acordo com o primeiro-ministro, Ovar foi a primeira situação que teve de passar "a um novo nível", uma vez que foi verificada "uma situação de transmissão comunitária", que obrigou a “escalar as medidas de restrição”.
O coronavírus responsável pela pandemia da Covid-19 infetou mais de 189 mil pessoas, das quais mais de 7.800 morreram.
Das pessoas infetadas em todo o mundo, mais de 81 mil recuperaram da doença.
O surto começou na China, em dezembro, e espalhou-se por mais de 146 países e territórios, o que levou a Organização Mundial da Saúde a declarar uma situação de pandemia.
Os países mais afetados depois da China são a Itália, com 2.503 mortes para 31.506 casos, o Irão, com 988 mortes (16.169 casos), a Espanha, com 491 mortes (11.178 casos) e a França com 148 mortes (6.633 casos).
Face ao avanço da pandemia, vários países adotaram medidas excecionais, incluindo o regime de quarentena e o encerramento de fronteiras.
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