A ERSUC, que recolhe o lixo em 36 municípios dos distritos de Coimbra, Aveiro e Leiria, recordou hoje que os resíduos também podem ficar contaminados, apelando à população para cumprir "novas regras no manuseamento do lixo doméstico", refere a empresa, em comunicado enviado à agência Lusa.

Caso o núcleo familiar tenha uma pessoa infetada ou com suspeita, "os sacos do lixo devidamente fechados devem ser colocados dentro de um segundo saco, devidamente fechado, e este deve ser depositado no contentor de lixo comum".

Segundo a ERSUC, os resíduos devem ser colocados em sacos de lixo resistentes e descartáveis, com enchimento até dois terços da sua capacidade, pedindo para "não encher totalmente os sacos".

Ainda relativamente a casos de famílias com pessoas infetadas, a ERSUC apela para que os sacos sejam sempre colocados dentro do contentor e nunca no chão.

"Se estiver cheio, coloque no contentor mais próximo ou utilize quando estiver disponível", vincou.

Os trabalhadores da ERSUC "continuam todos os dias a contribuir para a limpeza das ruas, através da recolha seletiva, e a garantir o tratamento dos resíduos”.

“A melhor forma de lhes agradecer é partilhar e cumprir estas regras e ser compreensivo para com as adaptações à recolha que o seu município e a ERSUC poderão ter de fazer", refere ainda a empresa, no comunicado.

Em Portugal, a Direção-Geral da Saúde (DGS) elevou hoje o número de casos confirmados de infeção para 642, mais 194 do que na terça-feira. O número de mortos no país subiu para dois.

Dos casos confirmados, 553 estão a recuperar em casa e 89 estão internados, 20 dos quais em Unidades de Cuidados Intensivos (UCI).

O boletim divulgado pela DGS assinala 5.067 casos suspeitos até hoje, dos quais 351 aguardavam resultado laboratorial.

Das pessoas infetadas em Portugal, três recuperaram.

De acordo com o boletim, há 6.852 contactos em vigilância pelas autoridades de saúde.

Atualmente, há 24 cadeias de transmissão ativas em Portugal, mais cinco do que na terça-feira.

A Assembleia da República aprovou hoje o decreto de declaração do estado de emergência que lhe foi submetido pelo Presidente da República com o objetivo de combater a pandemia de Covid-19, após a proposta ter recebido pareceres favoráveis do Conselho de Estado e do Governo.

Portugal está em estado de alerta desde sexta-feira, e o Governo colocou os meios de proteção civil e as forças e serviços de segurança em prontidão.

Entre as medidas para conter a pandemia, o Governo suspendeu as atividades letivas presenciais em todas as escolas desde segunda-feira e impôs restrições em estabelecimentos comerciais e transportes, entre outras.

O Governo também anunciou o controlo de fronteiras terrestres com Espanha, passando a existir nove pontos de passagem e exclusivamente destinados para transporte de mercadorias e trabalhadores que tenham de se deslocar por razões profissionais.

O Governo declarou na terça-feira o estado de calamidade pública para o concelho de Ovar.