Em comunicado, a Federação dos Sindicatos de Transportes e Comunicações (Fectrans) afirma que a delegação da estrutura sindical vai “exigir a intervenção do Governo no sentido de haver mais oferta de transporte rodoviário de passageiros, que são da responsabilidade dos privados, e o fim das situações de ‘lay-off’”.
“É afirmado pelo Governo que tem apoiado as empresas privadas do setor rodoviário de passageiros, na base do histórico, ou seja, nos valores pagos em situação de funcionamento normal, mas no essencial as empresas privadas ainda estão com milhares de trabalhadores em ‘lay-off’ quando é necessário que haja mais oferta tendo em conta o aumento da procura e de forma a garantir as normas de distanciamento determinadas pelo governo (lotação 2/3)”, pode ler-se no comunicado.
Segundo a Fectrans, “muitos autocarros circulam lotados, enquanto estas empresas mantêm imobilizada uma parte significativa da frota, reclamando ainda mais apoios do Governo e com isso milhares de trabalhadores viram o seu salário reduzido e os utentes começam a ser transportados sem as condições exigidas”.
“O Governo tem responsabilidades nesta situação e não pode desculpar-se com as autoridades de transportes, hoje na dependência dos municípios”, considera a estrutura sindical filiada na CGTP e cuja secretária-geral, Isabel Camarinha, estará presente na iniciativa.
A Fectrans adianta que a delegação sindical cumprirá as normas determinadas pela Direção-Geral da Saúde e terá por objetivo a entrega de um documento sobre o assunto.
O ‘lay-off’ simplificado é uma das medidas criadas pelo Governo para apoiar as empresas afetadas pela crise causada pela covid-19 e consiste na suspensão dos contratos de trabalho ou na redução do tempo de trabalho, com redução salarial.
Portugal contabiliza 1.302 mortos associados à covid-19 em 30.471 casos confirmados de infeção, segundo o último boletim diário da Direção-Geral da Saúde (DGS) sobre a pandemia.
Relativamente ao dia anterior, há mais 13 mortos (+1%) e mais 271 casos de infeção (+0,9%).
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