O objetivo deste estudo é “perceber o grau de imunidade da população testada para guiar medidas futuras na fase de recuperação da pandemia e da retoma da atividade económica”, explicou a Fundação Champalimaud num comunicado.
Em comunicado, a Fundação Champalimaud referiu que estes testes a “profissionais de saúde e de risco de Loulé“, no distrito de Faro, realizam-se ao abrigo de um protocolo celebrado com o ABC e que vão contribuir para a “definição da seroprevalência para SARS-CoV-2 no concelho algarvio”.
“Neste estudo serão testados profissionais de saúde, agentes de segurança e de proteção civil, funcionários de lares e instituições similares, funcionários das empresas de serviços da administração central ou local e jornalistas, num total de 1.235 testes”, precisou a Fundação, que faz investigação de ponta em neurociências e no cancro.
O comunicado adianta que vão ser realizados testes serológicos “por imunoensaio enzimático (ELISA)” e os resultados vão permitir ter “uma determinação quantitativa de anticorpos humanos da classe de imunoglobulinas IgG contra uma proteína de superfície de SARS-CoV-2”, o vírus que provoca a covid-19.
“Este teste permite detetar se um indivíduo tem, ou não, anticorpos contra o vírus no seu sangue, ou seja, se esteve ou não em contacto com o novo coronavírus”, esclareceu.
A Fundação Champalimaud acrescentou que, “pontualmente, poderão ser usados testes serológicos rápidos (POCT) para deteção de IgM e IgG” e que os “indivíduos detetados com testes serológicos positivos serão adicionalmente testados por RTqPCR para aferição de potencial carga viral ativa”.
O Algarve Biomedical Center (ABC, sigla em inglês para Centro Académico de Investigação e Formação Biomédica do Algarve) vai fazer a “recolha de amostras sanguíneas, recolha de soro, logística de transporte e possíveis testes virais (RT-qPCR)”, sublinhou a fundação científica.
A instituição, uma das referências internacionais da investigação nas neurociências e cancro, revelou ainda que o custo deste trabalho será “inteiramente assumido pela Fundação Champalimaud”.
A 17 de abril, a Fundação anunciou que iria começar a realização de covid-19 a 667 enfermeiros e assistentes operacionais dos hospitais de Santa Maria (Lisboa) e Santo António (Porto), num projeto-piloto em colaboração com a Ordem dos Enfermeiros, a partir da semana transata.
Os testes serológicos, que consistem na prática na recolha de uma amostra de sangue, permitem atestar a imunidade à covid-19 em pessoas sem sintomas, ao pesquisarem anticorpos contra o novo coronavírus, que causa a doença respiratória aguda.
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