Ao todo estão a ser montados entre 20 a 30 contentores junto às tendas amarelas instaladas no último fim de semana no perímetro do Hospital de São João, em frente ao edifício principal, local atualmente delimitado por fitas e identificado com uma placa onde se lê “Atendimento COVID-19”.
Consultadas pela agência Lusa, fontes no local indicaram que a instalação dos contentores deverá demorar aproximadamente duas semanas, ficando pronta e operacional estimadamente na próxima sexta-feira.
A agência Lusa contactou o Centro Hospitalar Universitário de São João (CHUSJ), do qual o Hospital de São João faz parte, para solicitar esclarecimentos sobre a finalidade dos contentores, mas fonte deste centro hospitalar remeteu uma resposta para mais tarde.
Os contentores que estão a ser montados servirão, indicaram as mesmas fontes, para “dar apoio ao hospital de campanha” que serve em exclusivo para responder ao surto de Covid-19, doença que Organização Mundial de Saúde (OMS) declarou na quarta-feira como pandemia.
A OMS justificou a declaração de pandemia com “níveis alarmantes de propagação e inação”.
É no CHUSJ que está internado o maior número de doentes com o novo coronavírus que foi detetado em dezembro na China e que, segundo a Direção-Geral da Saúde (DGS) regista em Portugal 112 infetados, 107 dos quais internados.
A região Norte, com 53 infetados, continua a ter o maior número de casos confirmados, seguida da Grande Lisboa, cujo registo duplicou para 46, enquanto as regiões Centro e do Algarve têm cada uma seis casos confirmados. Além destas, há um caso assinalado pela DGS no estrangeiro.
O boletim epidemiológico assinala também que, desde o início da epidemia, a DGS registou 1.308 casos suspeitos (mais de o dobro em relação a quinta-feira) e mantém 5.674 contactos em vigilância.
Na quinta-feira, o Governo anunciou que as escolas de todos os graus de ensino vão suspender as atividades letivas presenciais a partir de segunda-feira, devido ao surto de Covid-19.
Várias universidades e outras escolas já tinham decidido suspender as atividades letivas.
O Governo decidiu também declarar o estado de alerta em todo o país, colocando os meios de proteção civil e as forças e serviços de segurança em prontidão.
A restrição de funcionamento de discotecas e similares, a proibição do desembarque de passageiros de navios de cruzeiro, exceto dos residentes em Portugal, a suspensão de visitas a lares em todo o território nacional e o estabelecimento de limitações de frequência nos centros comerciais e supermercados para assegurar possibilidade de manter distância de segurança foram outras das medidas aprovadas.
Já tinham sido tomadas outras medidas em Portugal para conter a pandemia, como a suspensão das ligações aéreas com a Itália.
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