Com o apoio da Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil (ANEPC) e do Instituto Nacional de Emergência Médica (INEM), a nova área de pré-triagem é similar à que foi instalada no Hospital de Santa Maria, em Lisboa, onde também se têm registado filas de espera de ambulâncias nas duas últimas semanas.

“Fizemos um apelo de colaboração à Proteção Civil e ao INEM para que nos viessem instalar um sistema de pré-triagem. Pensamos que seja útil. Não tem sido uma gestão fácil”, confessou o diretor clínico do HGO, Nuno Marques, em declarações aos jornalistas, acrescentando: “A grande dificuldade que temos tido - apesar de todo o investimento feito na criação de enfermarias - é a pressão assistencial, que é muita e rapidamente as vagas ficam preenchidas”.

De acordo com os números fornecidos por Nuno Marques, o HGO conta ao dia de hoje 245 doentes internados, dos quais 27 em unidades de cuidados intensivos, e permanece no nível III do seu Plano de Contingência, mantendo a sobrelotação do Serviço de Urgência Geral, na vertente da área respiratória.

Por sua vez, o comandante regional da ANEPC, Elísio Oliveira, frisou a pressão atualmente existente sobre esta unidade hospitalar na margem Sul do rio Tejo, sublinhando que o dispositivo hoje instalado é uma forma de garantir que os doentes que chegam às urgências “são avaliados e apenas seguem para a parte hospitalar aqueles que realmente carecem desse tipo de cuidados”.

“Ao longo do dia de hoje, só do distrito de Lisboa vieram 14 ambulâncias trabalhar aqui para a área de Almada e, portanto, esta pré-triagem vai reduzir a pressão sobre o serviço de urgência, tentando auxiliar para acabar com estas filas de ambulâncias e as longas esperas junto ao serviço de urgência”, declarou à Lusa.

À Proteção Civil cabe aqui um papel de “articulação e coordenação de recursos” no sentido de assegurar a continuidade da capacidade de resposta a qualquer situação de emergência. Na área de pré-triagem estiveram hoje duas equipas constituídas por médico e enfermeiro do INEM, juntando-se a partir de segunda-feira uma terceira equipa proveniente do agrupamento de centros de saúde (ACES) de Almada-Seixal.

“Temos diferentes tipologias de equipamento: desde logo uma área onde todas as questões administrativas são feitas, áreas de desinfeção onde os profissionais se equipam e desequipam e outra área logística que garanta o suporte a toda a operação. É um conjunto de meios significativos que estão aqui alocados. Esta parceria vai funcionar diariamente entre as 12:00 e as 20:00”, sintetizou Elísio Oliveira.

Em Portugal, morreram 12.482 pessoas dos 720.516 casos de infeção confirmados, de acordo com o boletim mais recente da Direção-Geral da Saúde.

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