De acordo com uma carta dirigida aos leitores e publicada em cada um destes diários e semanários, “diariamente, versões em [formato] PDF, com a totalidade dos jornais e revistas nacionais, são partilhadas” por correio eletrónico, pela aplicação de mensagens WhatsApp ou através das redes sociais.

Esta missiva é assinada pelos diretores dos seguintes jornais: Jornal de Notícias, Negócios, Record, Meios e Publicidade, Visão Júnior, Sábado, Diário de Notícias, Jornal Económico, Expresso, Jornal de Artes Letras e Ideias, O Jogo, Visão, Público, Executive Digest, Marketeer, Sol, i, Correio da Manhã, Courrier Internacional, Exame, Exame Informática e A Bola.

Os dirigentes destes 22 órgãos de comunicação social alertam que a pirataria é “uma clara violação” dos direitos de autor e que a partilha das versões falsificadas destas publicações, “além de ser um crime, é uma ameaça à sustentabilidade financeira das empresas, à informação livre e independente”.

A pirataria “no limite coloca em causa milhares de postos de trabalho”, prossegue a carta, pedindo aos leitores que digam “não à pirataria e sim à informação de qualidade”.

“Na atual situação extraordinária em que vivemos a importância do acesso a informação credível tem sido ainda mais realçada”, explicitam os diretores destes jornais.

A exigência pedida ao jornalismo, prosseguem, apenas é possível porque, em cada um destes órgãos de comunicação social há “dezenas ou centenas de profissionais, de jornalistas a fotógrafos, de gráficos a colunistas”.

À luz da atual situação de pandemia da doença provocada pelo SARS-CoV-2, os diretores destas 22 publicações pedem aos leitores para assinarem as edições digitais ou dirigirem-se “ao ponto de venda mais próximo”.

O novo coronavírus, responsável pela pandemia da covid-19, já infetou mais de 940 mil pessoas em todo o mundo, das quais morreram mais de 47 mil.

Dos casos de infeção, cerca de 180.000 são considerados curados.

Depois de surgir na China, em dezembro, o surto espalhou-se por todo o mundo, o que levou a Organização Mundial da Saúde (OMS) a declarar uma situação de pandemia.

Em Portugal, segundo o balanço feito hoje pela Direção-Geral da Saúde, registaram-se 209 mortes, mais 22 do que na quarta-feira (+11,8%), e 9.034 casos de infeções confirmadas, o que representa um aumento de 783 em relação a terça-feira (+9,5%).

Dos infetados, 1.042 estão internados, 240 dos quais em unidades de cuidados intensivos, e há 68 doentes que já recuperaram.

Portugal, onde os primeiros casos confirmados foram registados no dia 02 de março, encontra-se em estado de emergência desde as 00:00 de 19 de março, tendo a Assembleia da República aprovado hoje o seu prolongamento até ao final do dia 17 de abril.