“Temos a consciência de que vamos ter um maior número de visitantes, porque se percebe que este ano não haverá tantas saídas para o estrangeiro, portanto, é natural que as nossas áreas protegidas sejam alvo de maior procura”, afirmou Sandra Sarmento.

Em declarações à agência Lusa, no seguimento de uma visita promovida pelo Turismo do Porto e Norte de Portugal (TPNP), por vários locais de interesse da região, a diretora regional do Norte do ICNF salientou que, face ao “aumento significativo” de visitantes, foi reforçado o acompanhamento da visitação.

“Hoje, temos três equipas neste trajeto que é o mais visitado e uma zona muito sensível do nosso parque que é a mata de Albergaria, sendo que no parque todo temos 19 vigilantes”, esclareceu.

Além do Parque Nacional da Peneda-Gerês, o Parque Natural do Montesinho, o Parque Natural do Litoral Norte, o Parque Natural do Alvão e o Parque Natural do Douro Internacional integram a Rede Nacional de Áreas Protegidas.

Segundo Sandra Sarmento, no último ano, foram contabilizadas perto de 100 mil visitantes no Parque Nacional da Peneda-Gerês, sendo que este número é apenas representativo daqueles que se dirigem aos “centros interpretativos do parque e portas de entrada das áreas protegidas”.

O controlo das entradas das áreas protegidas, que impede a paragem no troço da mata da Albergaria e tem um custo de 1,5 euros, começa esta segunda-feira e vai decorrer até ao dia 30 de setembro.

No âmbito desta iniciativa, os vigilantes da natureza, além de acautelarem os visitantes para a proteção dos ‘habitats’, vão distribuir “panfletos sobre os cuidados de higiene e segurança a ter na visitação do parque” relativamente à covid-19.

“Estamos obviamente empenhados para que as coisas corram bem e tudo faremos para que isso aconteça no que estiver dentro do nosso alcance e, naturalmente, das nossas responsabilidades”, garantiu.

Também o presidente da Câmara Municipal de Terras de Bouro, Manuel Tibo, salientou a necessidade de se continuar a “preservar” o Parque Nacional da Peneda-Gerês, um património que considerou ser "de todos”.

No âmbito desta visita à região, o presidente do TPNP, Luís Pedro Martins já tinha defendido que esta fase de desconfinamento é a “grande oportunidade” para os quatro “subdestinos” da região mostrarem aquilo que têm de melhor aos turistas nacionais.

Em Portugal, morreram 1.410 pessoas das 32.500 confirmadas como infetadas, e há 19.409 casos recuperados, de acordo com a Direção-Geral da Saúde.


A Lusa viajou a convite do Turismo do Porto e Norte de Portugal